Senado faz homenagem aos 25 anos da UBM


O fortalecimento da participação política feminina foi um dos principais temas da sessão solene realizada pelo Congresso Nacional nesta segunda-feira (12/8), para celebrar os 25 anos da União Brasileira de Mulheres (UBM). No Senado pouco mais de 10% das senadoras são do sexo feminino.

A coordenadora nacional da UBM, Elza Campos lembrou que a entidade foi criada em 1988, durante o I Congresso Nacional de Entidades Emancipacionistas de Mulheres, realizado em Salvador. Também recordou que uma das líderes do movimento, Loreta Valadares, afirmava então que as mulheres têm de “emergir da invisibilidade”.

Entre as conquistas obtidas pelas mulheres, Elza Campos mencionou a cota mínima de 30% nas candidaturas para eleições proporcionais (para vereadores, deputados estaduais e federais).

– E isso ainda é pouco. Queremos 50% – declarou ela.

O mesmo tom foi adotado por Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que está à frente da Procuradoria Especial da Mulher do Senado. Vanessa reiterou que questões como essa têm de estar nas discussões sobre reforma política, já que “uma das principais lutas que travamos no país inteiro é pelo empoderamento das mulheres, pela participação política feminina”.

Para permitir que isso aconteça, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG) defende a lista com alternância (em que homens e mulheres se alternam na ordem das listas fechadas para votações proporcionais) e o financiamento público, “que liberta o voto do mercado, do poder econômico”. Primeira presidente da UBM, Jô Moraes é a coordenadora da bancada feminina na Câmara.

– A invisibilidade política das mulheres no Brasil é resultado de uma herança patriarcal da qual ainda não conseguimos nos libertar e também de uma democracia insuficiente quanto à representação – avalia a deputada.

 A Câmara dos Deputados conta também desde junho de 2009, com uma Procuradoria Especial da Mulher que recebe e encaminha aos órgãos competentes as denúncias e anseios da população feminina, além de analisar proposições e políticas públicas que visem assegurar ou ampliar os diretos das mulheres. Foi o primeiro órgão de direção na história da Câmara dos Deputados a ser ocupado por uma mulher. Nesta quarta-feira (14/8) as eleitas para o biênio 2013/2015 , deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) toma posse como procuradora, junto com as deputadas Rosinha da Adefal (PT do B-AL), Gorete Pereira (PR-SE) e Liliam Sá (PR-RJ), respectivamente 1ª, 2ª e 3ª procuradoras-adjuntas..

A Câmara conta hoje com 45 deputadas, em um total de 513 parlamentares.

Durante a solenidade desta quarta, haverá o lançamento de um banco de dados, no site da Procuradoria, para o monitoramento de projetos de gênero em tramitação na Casa. Serão apresentados, ainda, os programas Pró-equidade da Câmara e do Senado, com a exibição de um vídeo institucional. Por fim, haverá o anúncio da adesão da Câmara à próxima edição do programa, para manutenção do Selo Pró-equidade de Gênero e Raça.

 UNE com Informações da Agência Senado e Agência Câmara

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