
O então primeiro-ministro japonês Yoshihiko Noda homenageia as vítimas da bomba atômica de 1945 durante a cerimônia do 67º aniversário dos bombardeios estadunidenses, em 2012, no Memorial da Paz de Hiroshima.
Entretanto, até hoje, “é impressionante e injustificável que os Estados Unidos não tenham sido julgados e nem condenados, é algo que nunca podemos esquecer”, completa a presidenta do CMP.
Socorro conta que, “no Japão, inclusive, há conferências e campanhas por isso, pois há inúmeras vítimas que sofreram sequelas pelo que ocorreu. Os Estados Unidos impuseram aos japoneses e à humanidade o Inferno de Dante, e precisa ser julgado por isso”. O presidente de então era Harry S. Truman, que acabava de assumir o cargo.
O esforço pelo desarmamento tem sido descrito por seus defensores como um processo a ser realizado “de maneira não discriminatória, universal e verificável”. O Paquistão e a Índia, únicos países do sul asiático a possuírem armas nucleares, sustentaram que o desarmamento é viável, e deve ser um compromisso universal.
“O desarmamento nuclear mundial é factível se garantirmos uma segurança igual e sem menosprezo para todos os Estados”, disse o porta-voz do Ministério paquistanês de Relações Exteriores, Aizaz Ahmad Chaudhry, à agencia de noticias Kyodo News. A Índia e o Paquistão não são signatários do Tratado de Não Proliferação nuclear (TNP), aberto para assinatura em 1968 e em vigor desde 1970. São 93 países signatários atualmente e 190 países parte.
Desde 1947, todos os prefeitos da cidade têm promovido a campanha “Não mais Hiroshima”, e instado as potências nucleares a abandonar os ensaios deste tipo, para colocar um fim às ameaças das armas atômicas.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a Conferência sobre o Desarmamento, estabelecida em 1979 como o único órgão de negociações multilaterais sobre o desarmamento, providencia apoio organizacional para diversos acordos de não-proliferação e desarmamento.
A criação da conferência seguiu-se à primeira Sessão Especial sobre Desarmamento (SSOD I), na Assembleia Geral da ONU, ainda em tempo de Guerra Fria, em 1978.
Além disso, o governo do Japão, em cooperação com as cidades de Hiroshima e Nagasaki e com a ONU, tem trabalhado pela garantia de que os testemunhos dos sobreviventes da bomba atômica (os “hibakusha”) se tornem um legado. O Minstério de Assuntos Estrangeiros do Japão disponibilizou os testemunhos de 21 sobreviventes, traduzidos para diversas línguas.
Com informações da ONU,
Moara Crivelente, da redação do Portal Vermelho