Aberta oficialmente a manhã desta segunda-feira (05.08), a Segunda Semana Nacional de Controle e Combate a Leishmaniose (calazar), uma doença fatal para cães e nos humanos, se não tratada, pode levar a morte em até 90% dos casos. A solenidade de abertura aconteceu no Shopping Benfica, com a presença do secretário da Regional 4, Airton Mourão, e de várias autoridades da área da saúde, além do deputado Chico Lopes e do senador Inácio Arruda, que é o autor da lei que criou a Semana Nacional de Controle e Combate a Leishmaniose.
Durante a solenidade, as autoridades saudaram e agradeceram a Inácio pela iniciativa de criação da Semana, que tem como objetivo estimular ações educativas e preventivas a partir da promoção de debates e outros eventos sobre as políticas públicas de vigilância e controle da leishmaniose. Inácio propôs ainda a difusão dos avanços técnico-científicos relacionados à prevenção e ao combate da doença.
Durante sua fala, o senador Inácio Arruda ressaltou que esta não é uma semana só para os profissionais da saúde, mas de discussões e debates com a sociedade. E defendeu a criação e execução de peças publicitárias sobre o combate ao calazar, lembrando que a lei que cria a Semana prevê recursos para essas peças publicitárias. Por fim, prometeu lutar por mais recursos para ampliar o laboratório do município de Fortaleza, que poderá trabalhar integrado com os laboratórios das universidades Federal e Estadual do Ceará.
Atividades lúdicas
Durante toda a semana, no Shopping Benfica acontecerá atividades lúdicas, como o jogo da memória, para que os participantes aprendam sobre a doença; um microscópio, que possibilita a visão do ciclo de vida do mosquito transmissor; e maquete demonstrativa de qual o ambiente propício para a reprodução do transmissor. A equipe da Prefeitura de Fortaleza está localizada logo na entrada principal do shopping.
De acordo com Arturo Carvalho, médico veterinário e coordenador do Programa Municipal que está realizando a Campanha Nacional de Combate ao Calazar, só neste ano, já foram registrados 36 casos humanos da doença, com seis óbitos, e mais de quatro mil animais portadores, sendo sete casos e três óbitos confirmados só na Regional IV.
“O calazar é uma doença que vem sendo negligenciada há muitos anos. Na saúde, quando se fala em endemia, sempre se fala em dengue. Então, essa semana é uma oportunidade do calazar ter mídia e nós mostrarmos à população o que é, como se previne, quais os sintomas, porque é uma doença gravíssima”, define Arturo.
A supervisora técnica de Mobilização Social da Regional IV, Gerlânia Guerreiro, diz que a população está aderindo ao trabalho da Prefeitura. “Estamos insistindo bem nos bairros, (…) registrando casos, divulgando em carros de som, levando equipes para fazer os exames nos cachorros”, explica. O exame é, inclusive, uma das formas de prevenção da doença: é necessário, pelo menos duas vezes ao ano, levar o animal ao veterinário para fazer o procedimento. “É bom ressaltar que o exame feito pela Prefeitura é de ótima qualidade. Fazemos um primeiro exame na orelha e, caso positivo, coletamos sangue e mandamos para o laboratório para a confirmação total do diagnóstico. Só passam por eutanásia aqueles animais que forem realmente confirmados com a doença”, garante Arturo.
Para os animais contaminados, ainda não há tratamento eficaz, apenas uma opção que diminui os sintomas, mas não há cura parasitológica. Ou seja, o animal continua sendo um portador e transmissor da doença. Para cessar riscos, é necessário recolhê-lo e essa é a maior dificuldade enfrentada pelos agentes. O veterinário explica que “um animal doente é um risco para a população, principalmente para o idoso e para a criança, que têm sistemas imunológicos mais fracos”. A eutanásia, quando necessária, é feita de modo humanitário, recomendada pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária, é indolor e tem o intuito de preservar vidas, tanto humanas, como animais.
Mais informações
Para se informar sobre a programação da Semana Nacional de Controle e Combate a Leishmaniose (calazar), ligue para o telefone do Centro de Controle Zoonoses da Secretaria Regional correspondente.
Regional I
Centro de Saúde da Família João Medeiros
Avenida I, nº 982 – Vila Velha
(85) 3452.6645 – 3452.6646
Regional II
Centro de Saúde da Família Paulo Marcelo
Rua 25 de Março, nº 607 – Centro
(85) 3433.9701
Centro de Saúde da Família Rigoberto Romero
Rua Alameda das Graviolas, nº 195 – Cidade 2000
(85) 3433.2746
Centro de Saúde da Família Aída Santos
Rua Trajano de Medeiros, nº 813 – Vicente Pinzon
(85) 3265-6566
Centro de Saúde da Família Pio XII
Rua Belizário Távora, s/nº – São João do Tauape
(85) 3452.1896
Regional III
Box de Zoonoses
Avenida da Liberdade, nº 65 – Autran Nunes
(85) 3488.3257
Regional IV
Centro de Controle de Zoonoses
Rua Betel, nº 2980 – Dendê
(85) 3131.7846 – 3131.7849 – 3105.1026
Regional V
Centro de Saúde da Família Maciel de Brito
Avenida A, s/nº – 1ª etapa – Conjunto Ceará
(85) 3452.2426
Centro Social Urbano Adauto Bezerra – CSU
Avenida D, 2ª etapa – José Walter
(85) 3433.4920
Regional VI
Box de Zoonoses
Rua Dionísio de Alencar, s/nº – Messejana
(85) 3488.3329 – 3452.1837
Fonte: Assessoria de Imprensa do Gabinete com informações do site da Prefeitura de Fortaleza