Senado entrega Diploma José Ermírio de Moraes


Na quarta edição do Diploma José Ermírio de Moraes, entregue nesta terça (28), no Senado Federal, foram ainda contemplados Francisco Ivens de Sá Dias Branco, do grupo cearense M. Dias Branco, do ramo alimentício, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, e José Alexandre dos Santos, fundador das Indústrias Reunidas Coringa, de Alagoas. Durante a cerimônia de condecoração, o senador Inácio Arruda destacou o empreendedorismo, ousadia e inovação do presidente do Grupo M. Dias Branco ao transformar uma unidade fabril num dos maiores grupos empresariais brasileiros.
“O nosso homenageado, meu conterrâneo, cearense, Ivens Dias Branco, começou ali, numa pequena padaria, no Estado do Ceará. Começou ali uma pequena unidade, que foi avançando, transformou-se numa fábrica de bolacha, ainda próxima do centro de Fortaleza. E, daqui a pouco, como que desafiado pela importância de produzir alimentos para o nosso povo, Ivens topou transformar a sua pequena unidade fabril num grande negócio do nosso Estado e num grande negócio do País. E de se multiplicar: sair do pão para outros segmentos industriais; da construção civil para o porto. E é também, digamos assim, um pioneiro em relação à nova lei dos portos, porque o Ivens colocou um porto em Aratu e esse porto de Aratu talvez tenha começado como uma parte, um negócio secundário do grupo e tenha se transformado também em um grande negócio do grupo”, afirmou Inácio.

Crítica ao aumento de juros

O senador Inácio Arruda criticou o aumento de juros no País e destacou que isso atrasa o desenvolvimento nacional.

“Uma Europa numa crise sem dimensões, que, até agora, não se compreendeu aonde vai chegar, nações poderosas economicamente também em crise, que ainda não saíram totalmente da crise, como os Estados Unidos da América, e um Brasil continental com um potencial, com uma riqueza extraordinária, precisando que tenhamos a capacidade de realizar uma grande unidade do nosso País em torno de um projeto arrojado de desenvolvimento, corajoso. Porque não é fácil enfrentar campanhas, às vezes, insanas, em que pedem que tratemos, por exemplo, a inflação com um único remédio, que é aumentar o preço do dinheiro, do dinheiro que o Governo toma. E este é que o problema central: ele não só influi no dinheiro que cada um dos senhores vai tomar, mas também no dinheiro que o Governo toma todo dia no sistema financeiro para poder se financiar. Esse custo é transportado gigantescamente para a sociedade e impede que o Brasil possa investir mais em produção de alimento de qualidade mais barata, para que não tenhamos essa crise do tomate – pelo amor de Deus! –, ou a crise do chuchu, daqui a pouco, porque todos têm direito a um tomate e a um chuchu. Ninguém vai impedir ou criar condições para que o povo não possa consumir esses produtos de altíssimo valor vitamínico e também de proteínas etc.
Então, quer dizer, você precisa enfrentar determinados gargalos, e isso exige muita unidade. E os senhores, mais do que ninguém, sabem disso, sabem o que é esta realidade de ter crédito barato para produzir no nosso País, recurso barato para produzir o chamado mundo desenvolvido. E o mundo em ascensão econômica está oferecendo, em todos os setores, recursos com juros negativos, e os países tomam recursos com juro negativo. A taxa básica desse países, todas, todas são negativas. O mundo chamado desenvolvido e em crescimento, em ascensão, está baixando as taxas de juros. Pois, aqui, a cantilena no Brasil, pasmem, é aumentar os juros para conter o consumo da população, através dos juros e, com isso, frear a produção industrial, diminuir a capacidade de produção do nosso País.
Cumprimento todos, mas levantando esta questão fundamental nossa: temos que criar uma unidade que é de natureza, sobretudo, política, de enfrentar gargalos que, às vezes, a peneira consegue tapar”, defendeu Inácio.

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