Atualmente, a Premium II ainda está em etapa de avaliação, durante a qual, a companhia ainda estuda sua rentabilidade Foto: Alex Costa“Vamos ao mercado contratar obras. Fazer bons contratos é importante, pois isso é buscar disciplina de capital. E essas refinarias devem entrar em operação em 2017”, apontou Foster, destacando que o Brasil tem déficit de derivados.
Necessidade
“Os preços de petróleo e diesel precisam estar nas métricas internacionais, precisam ter paridade”, frisou, durante cerimônia de comemoração dos 50 anos da Instituto de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ).
Em março último, o diretor de abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza, informou que a companhia está “vislumbrando grandes oportunidades de redução do custo” das refinarias Premium. A escritura do terreno destinado à Premium II foi entregue, no início do mês passado, pelo governador Cid Gomes, a Graça Foster. O empreendimento será instalado em uma área de 1.930 hectares.
No começo deste ano, Cid Gomes afirmou que o início das obras da Premium II, no só depende da Petrobras. Ele chegou a solicitar intervenção da presidente Dilma Rousseff para que a estatal fizesse um cronograma das primeiras ações pela instalação do empreendimento. O governador comentou ainda que o verdadeiro entrave para a construção do empreendimento era de ordem financeira. Cid afirmou entender que a estatal possui um problema de liquidez de recursos, com prejuízos acumulados nas operações de importação e venda de combustível.
Mudanças
De acordo com Foster, a Petrobras está revisando sua carteira de projetos visando ao potencial das oportunidade de gás natural em terra. As mudanças, disse, serão conhecidas em julho, quando a estatal vai apresentar o Plano Estratégico 2030, com as diretrizes de investimentos da companhia para as próximas décadas. Em fevereiro último, Foster afirmou que 2013 será “extremamente difícil” e mais desafiador do que 2012 para a Petrobras, por conta do acúmulo de paradas programadas de plataformas de petróleo neste primeiro semestre. Essa situação ocorrerá em paralelo a uma fase de pesados investimentos da companhia, que precisaria produzir mais para gerar receita.
Fertilizantes
A presidente da Petrobras também destacou os projetos em fertilizantes. Segundo ela, os preços da amônia e ureia também precisam estar alinhados com o mercado internacional. “Temos projetos importantes em avaliação, como as plantas em Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. Em dezembro do ano passado, compramos uma planta de fertilizantes da Vale em Curitiba” ressaltou Foster.