
Diversas entidades brasileiras, partidos políticos, centrais sindicais e movimentos de todos os setores da sociedade brasileira reuniram-se na sede do Centro Cultural Árabe-Sírio de São Paulo nesta terça-feira (9), para a reunião de solidariedade à Síria, com o cônsul-geral sírio Dr. Ghassan Obeid.
O cônsul sírio iniciou a reunião saudando o apoio manifestado pelos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em sua última cimeira, realizada em março em Durban (na África do Sul). O agrupamento defendeu a soberania síria, a integridade territorial e a promoção de um diálogo nacional interno sem a ingerência estrangeira, que ameaça uma intervenção militar.
As entidades presentes na reunião falaram da necessidade de um apoio humanitário e explícito à população síria, que vive em contexto de violência armada desde 2011, ameaçada principalmente por grupos de mercenários de diversas nacionalidades, autores de atentados terroristas frequentes.
A participação direta de países como os Estados Unidos no financiamento desses grupos, ou seja, a sua participação em atos de terrorismo, foi levantada como um paradoxo a ser ressaltado. Uma vez mais, o país que oficializou em discurso inflamado a suposta “luta contra o terrorismo” global tem mostrado dupla moral, apoiando grupos que usam o mesmo método de violência contra governos que não se submetem às políticas imperialistas ocidentais.
Neste sentido, as entidades debateram a necessidade de maior divulgação do que acontece na Síria em sentido crítico, nas páginas das mesmas entidades e com a criação de um jornal dedicado a esse aspecto, assim como a divulgação da causa a outras entidades e partidos brasileiros de relevo. Além disso, também foi proposta a elaboração de um manifesto (intitulado “Somos Todos Sírios”) e, mais importante, o estabelecimento oficial de um Comitê de Solidariedade à Síria.
Para isso, definiu-se a realização da próxima reunião no dia 6 de maio, data simbólica para os sírios por ser o “dia dos mártires” no país, ou seja, dos combatentes mortos durante as lutas contra o domínio francês. Está previsto o lançamento oficial do Comitê durante a reunião, assim como a publicação do seu manifesto contra o imperialismo, a ingerência na política interna, o terrorismo e pelo respeito à soberania síria.
Estiveram presentes as seguintes entidades e instituições:
Partido Comunista do Brasil (PCdoB); Partido Pátria Livre (PPL); Força Sindical; Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e de Luta pela Paz (Cebrapaz) e Conselho Mundial da Paz (CMP); Federação das Entidades Árabe-Palestinas do Brasil (Fepal); Federação das Entidades Árabes (Fearab América e SP), Confederação das Mulheres do Brasil (CMB) e Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM); Portal Vermelho, Sociedade Beneficente Islâmica de SP, Instituto Paulo Freire, Conselho de Representantes dos Empregados da Companhia de Engenharia de Tráfego, Grupo de Trabalho Árabe/ Centro de Estudo de Oriente Médio, Centro Islâmico do Brasil (CIB), Revista Sawtak, Centro Cultural Árabe-Sírio, Partido Comunista Libanês (PCL) e Partido Socialista Árabe Sírio (Al Baath).