
Para o parlamentar, medidas mitigadoras dos efeitos da seca existem, e estão ao nosso alcance. “Por isso, precisamos saber o que já foi feito e o que ainda podemos fazer”, argumentou.
A reunião contou com a presença de representantes da Funceme, Sohidra, Cagece, Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Aprece, Dnocs e do senador Inácio Arruda (PCdoB/CE). Também participaram os prefeitos de Assaré, Crateús, Tururu, Cruz, Pereiro, Mombaça, São Luís do Curu, Capistrano, Croatá, Jaguaribara, Pedra Branca, Choró, Lavras, Monsenhor Tabosa, Jaguaretama, Nova Olinda, Quiterianópolis e vereadores de Maranguape.
O presidente da Funceme, Eduardo Sávio, disse que, desde janeiro, são anotadas precipitações inferiores às de 2012, que já foi um ano seco. E as previsões são de que nos próximos meses as chuvas continuem abaixo da média. “Todos os modelos apontam para o mesmo quadro”, disse.
Josineto Araújo, da Cagece, disse que todos os mananciais estão sendo monitorados. A empresa, segundo ele, está desenvolvendo novas tecnologias de tratamento, realizando contratos para cavar poços rasos e profundos. “Temos a menor perda do País, em torno de 24,9%”, informou.
O engenheiro Iran Magalhães da SRH informou que o projeto Eixão da Águas vai nos socorrer daqui a três anos. A primeira fase, conforme acentuou, consta de 150 km de canais, sifões e túneis, que irão trazer água do rio São Francisco até Cariús, com investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão.
O representante da SDA, João Bosco, disse que, dede 1950, ocorreram 21 eventos de seca. “Podemos considerar que é um fenômeno natural. Teríamos, então, de buscar ações de convivência”. Ele frisou ainda que a SDA criou um grupo que, há três anos, está desenvolvendo ações de convivência. Segundo declarou, a Secretaria irá fazer convênios com os municípios, de acordo com o solo, favorecendo o armazenamento de água.
Inácio Arruda declarou que até o Maranhão, estado tradicionalmente fora do polígono das secas, diminuiu o volume de chuvas. Ele informou que a presidente Dilma Roussef apresentou um programa para atender a região Nordeste. Mas para a liberação do dinheiro, é preciso vencer a burocracia com a apresentação de projetos. Inácio disse ainda que é importante envolver o setor privado nesse trabalho, já que não existem perfuratrizes públicas em número suficientes para atender a demanda de novos poços.
JS/LF