Senado aprova política de combate à desertificação


11713360_850420541678822_446579586_nO Plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (08.07), proposta que cria a Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca. O texto aprovado é um substitutivo da Câmara dos Deputados ao PLS 70/2007, de autoria do ex-senador Inácio Arruda, hoje secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará. O objetivo é promover ações preventivas na região semiárida, suscetível à desertificação, para evitar práticas que resultem na degradação da terra.

O projeto aprovado estabelece princípios e objetivos da política de desertificação e autoriza o Executivo a criar a Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD). Essa instância será responsável por implementar ações e articular as iniciativas de órgãos federais, estaduais e municipais. A matéria segue para sanção presidencial.

No Brasil, as áreas passíveis de desertificação somam cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados, em oito estados do Nordeste e em municípios do norte de Minas Gerais. Nessa região semiárida vivem cerca de 23 milhões de habitantes, em mais de mil municípios. É a maior população do mundo concentrada em uma região semiárida. É também uma região com extrema pobreza, em que mais de 50% da população dependem de programas sociais governamentais e da sociedade civil.

O relator da matéria na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), senador Otto Alencar, explica que, para evitar a desertificação são necessárias ações que permitam, por exemplo, coibir práticas agrícolas inadequadas, que contribuam para a ocorrência e o agravamento do fenômeno. “No caso brasileiro, as secas são fenômenos recorrentes, específicos da região semiárida, fazendo-se necessário um conjunto de ações permanentes para seu enfrentamento. Ao mesmo tempo, alguns cenários de mudança do clima incluem o agravamento da escassez hídrica nessa região”. O parlamentar lembra que já existe resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabelecendo uma política de controle da desertificação, mas as soluções para o problema demandam a criação de lei específica sobre o tema, em sua avaliação.

Fonte: SECITECE

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