Dia da Conscientização sobre Mudanças Climáticas celebrado em audiência pública


climaO secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Inácio Arruda, e o secretário do Meio Ambiente, Artur Bruno, foram os conferencistas da audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido da Assembleia Legislativa do Ceará, em homenagem ao Dia Estadual de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. A audiência, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (16/03), no Complexo das Comissões, foi presidida pela deputado Dra. Silvana, contando ainda com a participação do secretário de Desenvolvimento Agrário, Dedé Teixeira, e do deputado Elmano Freitas, autor do requerimento para a realização do evento.

Em sua fala, Inácio Arruda destacou a importância da ciencia e da tecnologia no estudo do clima, principalmente no Ceará, que está localizado em cima do solo cristalino. “Estamos num ponto distinto do nosso planeta. Moramos em cima do cristalino. O deserto que vai se formando em Irauçuba é muito distindo. Não tem nada a ver com os desertos da Afríca ou o deserto de Atacama, no Chile. O nosso bioma Caatinga, só existe num lugar do mundo: o Nordeste brasileiro. Tudo isso são fatores especiais, que precisam ser estudado, mostrado, dito para todo o mundo”, afirmou

Inácio destacou também que temos no Ceará tecnologias capazes de permitir que o homem permaneça na região garantindo o desenvolvimento. O nosso grande desafio é transformar, com a nossa ciência e tecnologia, o problema lixo em riqueza. “Podemos sim compatibilizar desenvolvimento econômico com produção agrícola, com a proteção do meio ambiente”.

Por fim Inácio lembrou que o Ceará participa de forma muita acanhada dos Fóruns Mundiais sobre o Clima. “Nós somos diferentes, o nosso bioma é único. Precisamos de forma articulada com nossas instituições, dizer para o mundo das nossas diferenças e mostrar que queremos interagir com o mundo nas discussões das mundaçãs climáticas e das novas tecnologias”.

Para o secretário do Meio Ambiente, Artur Bruno, é preciso fazer a sociedade entender o que está em jogo quando se fala em mudanças climáticas. “É necessário que sejam adotadas ações concretas, com uma parceria entre o Executivo e o Legislativo”. Artur Bruno assegurou que todos os projetos de indicação visando à defesa do meio ambiente serão amplamente avaliados por sua Secretaria.

Também fizeram parte da mesa de trabalho da audiência pública representantes da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio; da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Renato Aragão; da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Helder Cortês; da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Nicolas Fabri; da Federação da Agricultura, Flávio Sabóya, além do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Marcos Sanches, que apresentou o tema.

De acordo com Marcos Sanches, se nenhuma providência for tomada pelos dirigentes do País e pela população em relação às mudanças climáticas, o Brasil poderá perder cerca de R$ 3,6 trilhões do PIB, entre 2010 e 2050. Ele destacou que o Sudeste do Brasil está precisando aprender como se comportar diante das adversidades do tempo com o Nordeste, região que convive com intempéries climáticas desde sempre. “Nós temos de decidir o quanto queremos deixar de crescer nos próximos 30 anos, para reduzir os desastres ambientais”, frisou Sanches.

O pesquisador destacou ainda que é preciso fazer muito em termos de educação ambiental no País. Conforme Sanches, há ainda agricultores que realizam queimadas de floresta, certos de estar tornando o solo mais fértil, quando a ideia é totalmente falsa e cientificamente equivocada. “Precisamos saber que tipo de mundo queremos deixar para as próximas gerações e o que fazer para reduzir os impactos maléficos no meio ambiente”, assinalou.

 

Fonte: Secitece

,