Com a finalidade de revalorizar de maneira integral o centro histórico da Capital, o CAF-Banco de Desenvolvimento da América Latina aprovou um empréstimo de 250 milhões de dólares ao Município de Fortaleza, para o financiamento do Programa de Valorização e Ampliação da Infraestrutura e Atividade Turística de Fortaleza (Provatur).

O objetivo do programa é utilizar a atividade turística como eixo central da revitalização do Centro, procurando criar um espaço urbano de qualidade e mais oportunidades para os conterrâneos.

“A América Latina precisa de cidades mais inclusivas, produtivas e ecoeficientes, e é isso, precisamente, o que promove o Programa Cidades com Futuro, no âmbito do qual se executará o empréstimo aprovado para o município de Fortaleza”, comenta o presidente-executivo do CAF, Enrique García.

Outros dois projetos brasileiros receberam empréstimos do Banco de Desenvolvimento da América Latina, sendo eles o gasoduto submarino, que conectará o Polo Pré-Sal da Bacia de Santos para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, contemplado com 200 milhões de dólares, e o Programa Região Oceânica Sustentável, de Niterói (RJ), que receberá 100 milhões de dólares.

Custo

O Provatur tem um custo total de 500 milhões de dólares. Com o empréstimo do CAF, caberá à Prefeitura Municipal investir a outra metade do valor.

O projeto será executado pela Secretaria Municipal de Turismo (SetFor) e inclui obras de recuperação de espaços públicos e edifícios históricos. Em apresentação do planejamento realizada no último mês de setembro, o então secretário de Turismo da Capital, Salmito Filho, garantiu que a primeira etapa do projeto de requalificação do Centro histórico de Fortaleza teria início até março de 2015 e deveria durar quatro anos.

Intervenções

As primeiras intervenções preveem a melhoria do espaço urbano no quadrilátero entre as avenidas Imperador, Duque de Caxias, Dom Manuel e a Rua Dr. João Moreira. Ao todo, são 24km de vias, embutimento de 24km de cabos, recuperação das fachadas, reforma de 10 prédios históricos e das praças, além da implantação da segurança cidadã, na qual serão instalados 20 bases de vigilância e monitoramento para atuação da Guarda Municipal.

As reformas incluem ainda o Mercado Central e a formalização e o cadastro de empreendedores individuais. Será construído o Centro de Economia Popular, onde os ambulantes devem trabalhar.

A segunda etapa do projeto engloba os bairros Jacarecanga, Moura Brasil e Praia de Iracema. Esta parcela do plano deverá durar 15 anos e a verba para execução será proveniente de uma Operação Urbana Consorciada, que busca aumentar o potencial construtivo desta região e leiloar os Certificados de Potencial Adicional Construtivo (CEPACs), que permitem a exploração da área.

Fonte: Diário do Nordeste