Dilma recebe relatório final da Comissão Nacional da Verdade


Documento, entregue após dois anos e sete meses de apurações, contém violações aos direitos humanos ocorridas no Brasil entre 1946 e 1988

Dilma recebe relatório final da Comissão Nacional da Verdade“A busca da verdade histórica é uma forma de construir a democracia e zelar pela sua preservação”, afirmou a presidenta Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (10), durante a entrega do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV).

O documento, entregue após dois anos e sete meses de apurações, contém violações aos direitos humanos ocorridas no Brasil entre 1946 e 1988, com destaque aos crimes cometidos na ditadura militar, que ocorreu entre 1964 e 1985. O documento ficará disponível para consulta no site da Comissão.

Acesse aqui o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV).

Durante a cerimônia, Dilma ressaltou a relevância histórica do documento e mencionou inúmeras vezes a importância da elucidação dos casos do período analisado pela CNV.

“A verdade não significa a busca de revanche. A verdade não precisa ser motivo para ódio ou acerto de contas. A verdade produz consciência, aprendizado, conhecimento e respeito. A verdade significa, acima de tudo, a oportunidade de apaziguar cada indivíduo consigo mesmo e um povo com a sua história. A verdade é uma homenagem a um Brasil que já trilha três décadas de um caminho democrático. E que lutaremos sempre e mais para que assim persista”, afirmou Dilma.

O relatório da CNV foi entregue hoje, quando é celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos. A data comemorativa homenageia a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, realizada há 66 anos.

O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Pedro de Abreu Dallari, em seu discurso de agradecimento, ressaltou o apoio e confiança do governo federal e destacou a importância do trabalho realizado para a história do Brasil. “A busca da verdade foi o norte que guiou o trabalho da Comissão Nacional da Verdade”, disse.

Sobre a CNV, Dilma afirmou que o grupo possuiu total autonomia na condução de suas atividades. “Uma apresentação deste relatório simultaneamente ao governo federal e à sociedade brasileira é expressão da autonomia que asseguramos à Comissão Nacional da Verdade, que sempre atuou sem interferência do governamental ou de qualquer outra espécie”, disse.

Fonte: Portal Brasil