Senado homenageia divulgadores da cultura afro-brasileira


Senado homenageia divulgadores da cultura afro-brasileiraO Senado fará a entrega da primeira edição da Comenda Senador Abdias Nascimento em sessão especial marcada para amanhã, 20, às 11h. Sete personalidades receberão a honraria, criada para agraciar personalidades que se destacaram na proteção e na promoção da cultura afro-brasileira. Por indicação do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), estão entre os contemplados os músicos Gilberto Gil e Martinho da Vila.

Também receberão a comenda o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ); a militante do movimento negro Edna Almeida Lourenço, conhecida como Ekdje Edna de Oiyá; o ator Milton Gonçalves; o professor Silvio Humberto dos Passos Cunha,; e, in memoriam, o pescador Francisco José do Nascimento (1839-1914), o “Dragão do Mar”, que ficou famoso por sua luta abolicionista no Ceará.

O objetivo da premiação é valorizar membros da comunidade negra brasileira que apresentem contribuições à sociedade. O ex-senador Abdias Nascimento, que batiza a comenda, destacou-se na luta pela igualdade racial. A Comenda Senador Abdias Nascimento foi instituída em novembro de 2013. A escolha dos agraciados é feita anualmente, por um conselho formado por representantes de todos os partidos com assento no Senado.

O senador Inácio justificou a indicação de Gilberto Gil por ser “um dos compositores, escritores e cantores mais respeitados, não só no Brasil, como no mundo. Ganhou prêmios Grammy e o Polar de Música, considerado o Nobel da música popular, além de ter sido agraciado pelo governo francês com a Ordem Nacional do Mérito, e pela UNESCO, como Artista da Paz, dentre outras honrarias. É por todos conhecido o seu compromisso criativo de levar ao mundo o coração e a alma da música brasileira, assim como o seu  imenso talento, tenacidade e convicção cultural”.

Sobre Martinho da Vila, Inácio Arruda lembrou os vários títulos e premiações que o artista recebeu e destacou que o sambista “foi um dos precursores da aproximação, desde os anos 1970, do Brasil com a África, em especial Angola, do poeta e político revolucionário Agostinho Neto. Martinho funcionava como um embaixador informal, quando esse país não tinha representação no Brasil, e, em reconhecimento, recebeu o Título de Cidadão Angolano”.