O estudo Barômetro Cisco de Banda Larga, realizado pela consultoria IDC, divulgou, em sua nona edição, o aumento de assinantes de internet de banda larga no Brasil, chegando a 9,151 milhões de conexões do tipo fixo e móvel. "Na primeira edição do estudo, em 2006, definimos como meta atingir 10 milhões de assinantes em 2010", afirmou Ripper. Próximo ao número, a empresa acredita que alcançará a cifra ainda neste ano e visa chegar aos 15 milhões de assinantes até 2010.

O crescimento de 48% em relação ao primeiro semestre de 2007, tendo como destaque o uso da rede de celular, que chegou a 1,314 milhão de assinantes em um ano, não inclui os aparelhos celulares de terceira geração (G) que, segundo o presidente da Cisco do Brasil, Pedro Ripper, deve alavancar ainda mais o crescimento da rede celular quando estiver atuando, de maneira estável, no mercado. Isso porque a demanda do serviço implicaria em fortes investimentos na infra-estrutura das redes e, portanto, no aumento da cobertura e da oferta de serviços Banda Larga móveis no Brasil.

No primeiro trimestre de 2008, as operadoras tinham acabado de lançar o serviço 3G e colocaram no mercado promoções agressivas, que chegavam a oferecer o serviço por uma mensalidade de R$ 20, sem a necessidade de provedor de acesso. Nesse cenário, foram conquistados 497 mil clientes de banda larga móvel no trimestre, mas as operadoras que não estavam preparadas para a demanda tiveram problemas. No caso, faltaram modems (equipamento que permite conectar o computador à internet) e gargalos de infra-estrutura para os usuários.

Em conseqüência, as empresas tiraram as promoções do mercado e, no segundo trimestre, foram mais 215 mil assinantes novos. "Todas as operadoras fizeram compras emergenciais", contou Ripper. "Uma delas construiu uma rede com capacidade 10 vezes maior do que já tinha, equivalente à internet inteira do Brasil há dois anos."

As conexões seguem com distribuição estável entre as regiões geográficas do Brasil. Outras regiões, fora o estado de São Paulo, estão tendo acesso à rede, impulsionando o mercado de banda larga no país como um todo. A expectativo, em 2008, é de que o crescimento seja mais forte em regiões de menor participação.