Inácio agradece apoio recebido no Senado


Inácio agradece apoio recebido no Senado O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) agradeceu, durante a sessão do Senado de 17 de dezembro, “a atenção de todos durante este período de atividade parlamentar aqui no Senado Federal. Nós, como muitos que aqui estão, saímos da Câmara Federal, passamos por outras Casas Legislativas. Sempre tive minha atividade parlamentar como uma grande responsabilidade do meu Partido, porque, ao consultar os eleitores, conseguimos esse êxito de poder representar o povo do meu Estado e do Brasil na Câmara e, na sequência, aqui no Senado Federal”.

Confira vídeo de pronunciamento:  http://youtu.be/tB84505mj1Q

O parlamentar abordou os distintos pensamentos expressos na Casa, “conservadores, alguns mais extremados da direita, outros do centro, outros da esquerda, alguns extremados à esquerda, mas todos com o grande propósito de ajudar o nosso País, ajudar o Brasil. E é para isso que nós utilizamos o nosso mandato: defender o nosso País”.

Ele lembrou o início de sua militância, “desde menino, lá no bairro, numa associação de jovens que cuidavam de uma biblioteca comunitária, até alcançar o Senado da República. Saímos dali, de uma família bem pobre da periferia da cidade de Fortaleza, mas conseguimos alcançar essa representação, que não poderia ser de outra forma, não fosse pelo meu Partido, o Partido Comunista do Brasil”.

Inácio destacou que o PCdoB continuará no Senado, na próxima legislatura, com “uma forte representação, que é ainda unitária, que é uma mulher – uma brava mulher, que é a Vanessa Grazziotin. Digo que, do ponto de vista legislativo, começamos juntos: ela na Câmara de Vereadores de Manaus e eu na Câmara de Vereadores de Fortaleza. Fui, depois, da Assembleia Estadual, Câmara Federal, Senado da República. Mas sempre com esse sentimento de que poderíamos construir alternativas boas, positivas, para o nosso País. Assim fizemos quando éramos da oposição. Dialogávamos sempre com o Governo, para encontrar o melhor caminho para uma série de proposições que eram importantes, mesmo vindas do Governo do qual nós éramos oposição”.

O senador afirmou que a bancada do PCdoB ajudou o Governo Lula “na Câmara e aqui no Senado. Ajudamos o Governo da Presidente Dilma aqui, no Senado da República, e buscamos contribuir com a direção da Casa, sob o comando, neste período em que aqui estive, do Presidente Sarney e do Presidente Renan Calheiros. E foi uma condução que considero correta, justa, dos destinos do Senado Federal para, neste período, também sustentar tanto o Governo de Lula como o Governo da Presidente Dilma Rousseff”.

Na opinião do representante cearense “militante não se despede. Militante assume outra atribuição, outra tarefa. Não há exatamente uma despedida. Nós vamos continuar ajudando o nosso País, lá num bairro, lá numa comunidade, lá num sindicato, lá numa direção partidária, sempre olhando o conjunto da atividade que se exerce em nosso País e a contribuição que vamos dar ali, às vezes, pequena, mas muito importante para sustentar os rumos mais avançados que o nosso País conseguiu ter. É com esse o sentimento que buscamos ajudar, contribuir, lutar. Às vezes, de forma mais acirrada no enfrentamento político, mas sempre com a coragem de quem sabe que defende uma causa justa, correta para o nosso País. E fazer uma trajetória límpida de vida pública. Acho que isso é muito importante. É um legado que vamos conduzindo para a história do nosso Parlamento e muitas vezes da nossa vida pessoal”.

O senador agradeceu “a contribuição dos meus assessores – muitos deles estão comigo há muitos anos; agradecer aos funcionários do Senado da República que estiveram comigo assessorando ali no meu gabinete; aos funcionários das comissões, onde participamos, desde o começo, na Comissão de Justiça, às vezes com embates muito grandes, mas sempre com atenção também muito grande dos funcionários, dos servidores; aqueles da Consultoria, a quem sempre pedimos apoio, informação, para preparar, melhorar as ideias que nós trazíamos para produzir os melhores projetos de lei, as melhores emendas”.

Durante o pronunciamento, Inácio Arruda pediu o apoio do Congresso para a aprovação de duas proposições de sua autoria: “Uma delas, uma emenda que está na Câmara, com parecer favorável, votado, que é o da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas. Era uma causa da Constituinte, que todos queriam 40 horas, mas que terminou em 44. E uma segunda, que é para manter a política de recomposição do salário mínimo. Essa matéria foi fruto de um bom diálogo entre as centrais sindicais, uma grande reunião na liderança do meu partido, com todas as centrais sindicais, com os partidos do campo popular, da esquerda e também do centro, que se reuniram com as lideranças sindicais para discutir a política salarial já no governo do presidente Lula. O presidente Lula adotou aquela proposição, que foi transformada em lei durante o Governo Dilma. É uma proposta que deixamos, assinada por mim e pela senadora Vanessa Grazziotin, e agora relatada pela senadora Gleisi Hoffmann, que espero que seja aprovada logo no início do próximo período legislativo”.

O senador finalizou dizendo que não estava se despedindo, mas anunciando “que tenho que cumprir outra tarefa, porque assim o povo colocou. E vamos cumpri-la defendendo na forma militante, no nosso partido, no Partido Comunista do Brasil, a quem, evidentemente, tenho que agradecer mais amplamente, porque foi esse partido com a sua militância que me elegeu Vereador, Deputado Estadual, três mandatos de Deputado Federal e Senador da República, junto ao nosso povo. Um abraço. Muitíssimo obrigado a todos vocês”.

Inácio foi aplaudido pelos senadores. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que “a nossa convivência na Casa sofrerá danos irreversíveis, especialmente com relação à participação do senador Inácio, aqui, no Senado Federal”. A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que o senador Inácio “marca na sua biografia a despedida do Senado no mesmo dia em que os Estados Unidos e Cuba reatam as relações”.

Íntegra pronunciamento do Senador Inácio arruda, em 17 de dezembro de 2014.

O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco Apoio Governo/PCdoB – CE) – Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. Bloco Maioria/PMDB – AL) – Senador Inácio Arruda.
O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco Apoio Governo/PCdoB – CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, percebendo que o nosso colega Eduardo Suplicy prepara-se para uma despedida em grande estilo, vou tomar a liberdade de já cumprimentar todos os meus colegas, antes que alcancemos o quórum para esta emenda constitucional.
Agradeço a atenção de todos durante este período de atividade parlamentar aqui no Senado Federal.
Nós, como muitos que aqui estão, saímos da Câmara Federal, passamos por outras Casas Legislativas.
Sempre tive minha atividade parlamentar como uma grande responsabilidade, do meu Partido, porque, ao consultar os eleitores, conseguimos esse êxito de poder representar o povo do meu Estado e do Brasil na Câmara e, na sequência, aqui no Senado Federal.
Encontramos pessoas com pensamentos os mais distintos. Conservadores, alguns mais extremados da direita, outros do centro, outros da esquerda, alguns extremados à esquerda, mas todos com o grande propósito de ajudar o nosso País, ajudar o Brasil. E é para isso que nós utilizamos o nosso mandato: defender o nosso País.
A nossa militância foi sempre nesse sentido, desde menino, lá no bairro, numa associação de jovens que cuidavam de uma biblioteca comunitária, até alcançar o Senado da República. Saímos dali, de uma família bem pobre da periferia da cidade de Fortaleza, mas conseguimos alcançar essa representação, que não poderia ser de outra forma, não fosse pelo meu Partido, o Partido Comunista do Brasil.
Aqui, nós vamos manter uma forte representação, que é ainda unitária, que é uma mulher – uma brava mulher, que é a Vanessa Grazziotin. Digo que, do ponto de vista legislativo, começamos juntos: ela na Câmara de Vereadores de Manaus e eu na Câmara de Vereadores de Fortaleza. Fui, depois, da Assembleia Estadual, Câmara Federal, Senado da República.
Mas sempre, Sr. Presidente, com esse sentimento de que poderíamos construir alternativas boas, positivas, para o nosso País. Assim fizemos quando éramos da oposição. Dialogávamos sempre com o Governo, para encontrar o melhor caminho para uma série de proposições que eram importantes, mesmo vindas do Governo do qual nós éramos oposição.
Estando no Governo, melhor ainda. Ajudamos o Governo do Presidente Lula na Câmara e aqui no Senado. Ajudamos o Governo da Presidente Dilma aqui, no Senado da República, e buscamos contribuir com a direção da Casa, sob o comando, neste período em que aqui estive, do Presidente Sarney e do Presidente Renan Calheiros.
E foi uma condução que considero correta, justa, dos destinos do Senado Federal para, neste período, também sustentar tanto o Governo de Lula como o Governo da Presidente Dilma Rousseff.
Então, eu sempre fico olhando. Eu falei, ali, para o Presidente Renan: “Renan, como é que nós vamos fazer uma despedida?” Militante não se despede. Militante assume outra atribuição, outra tarefa. Não há exatamente uma despedida. Nós vamos continuar ajudando o nosso País, lá num bairro, lá numa comunidade, lá num sindicato, lá numa direção partidária, sempre olhando o conjunto da atividade que se exerce em nosso País e a contribuição que vamos dar ali, às vezes, pequena, mas muito importante para sustentar os rumos mais avançados que o nosso País conseguiu ter.
Então, é esse sentimento, o sentimento que buscamos aqui ajudar, contribuir, lutar. Às vezes, de forma mais acirrada no enfrentamento político, mas sempre com a coragem de quem sabe que defende uma causa justa, correta para o nosso País. E fazer uma trajetória límpida de vida pública. Acho que isso é muito importante. É um legado que vamos conduzindo para a história do nosso Parlamento e muitas vezes da nossa vida pessoal.
Portanto, eu queria agradecer, no exercício dessa tarefa aqui no Senado, a contribuição dos meus assessores – muitos deles estão comigo há muitos anos; agradecer aos funcionários do Senado da República que estiveram comigo assessorando ali no meu gabinete; aos funcionários das comissões, onde participamos, desde o começo, na Comissão de Justiça, às vezes com embates muito grandes, mas sempre com atenção também muito grande dos funcionários, dos servidores; aqueles da Consultoria, a quem sempre pedimos apoio, informação, para preparar, melhorar as ideias que nós trazíamos para produzir os melhores projetos de lei, as melhores emendas.
Deixamos aqui, no Congresso Nacional, duas proposições, que peço apoio da nossa querida Senadora Vanessa, que vai ficar, em nome do meu partido, aqui no Congresso Nacional.
Uma delas, uma emenda que está na Câmara, com parecer favorável, votado, que é o da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas. Era uma causa da Constituinte, que todos queriam 40 horas, mas que terminou em 44.
E uma segunda, que é exatamente manter a política de recomposição do salário mínimo. Por quê? Essa matéria, Sr. Presidente, depois de um bom diálogo entre as centrais sindicais, digo, uma grande reunião na liderança do meu partido, com todas as centrais sindicais, com os partidos do campo popular, da esquerda e também do centro, que se reuniram com as lideranças sindicais para discutir a política salarial já no governo do Presidente Lula.
O governo do Presidente Lula adotou aquela proposição, que só foi transformada em lei durante o Governo da Presidente Dilma.
E deixamos como proposta que a gente leve essa política salarial, que é o que tem sustentado a economia brasileira. É o chamado mercado interno, que recebe salário mínimo. Esse mercado interno é o que recebe esse salariozinho mínimo. A sua recomposição foi muito importante para que a economia brasileira pudesse atravessar esse ciclo de crise.
É uma proposta que deixamos, Senadora Vanessa, assinada por mim e por V. Exª, e agora relatada pela Senadora Gleisi Hoffmann, que espero que seja aprovada logo no início do próximo período legislativo.
Portanto, Sr. Presidente Renan Calheiros, quero agradecer a todos vocês. Foi aqui uma grande e maravilhosa escola de Política – Política com p maiúsculo. Quero cumprimentar todos, agradecer, desejar boas festas. Feliz Natal para todos! Vamos continuar firmes, fortes na luta em defesa do nosso País, que é esse o nosso grande propósito.
E a V. Exª, Sr. Presidente, os meus cumprimentos pela condução justa da Casa do Congresso Nacional, que é o Senado Federal. Conduziu acho que muito bem e vai conduzindo com muita maestria. Até esses instantes finais do nosso ano, aqui, com paciência e tranquilidade. Quantas emendas duras, difíceis nós conseguimos aprovar aqui. E lembro a jornada última, que foi de quase 19 horas.
Portanto, os meus agradecimentos aos companheiros da Mesa, em nome de V. Exª, ao nosso querido Senador Suplicy – que vou ouvi-lo cantar daqui a pouco, com certeza.
Mas quero também não me despedir, mas dizer que tenho que cumprir outra tarefa, porque assim o povo colocou. E vamos cumpri-la defendendo na forma militante, no nosso partido, no Partido Comunista do Brasil, a quem, evidentemente, tenho que agradecer mais amplamente, porque foi esse partido com a sua militância que me elegeu Vereador, Deputado Estadual, três mandatos de Deputado Federal e Senador da República, junto ao nosso povo.
Um abraço.
Muitíssimo obrigado a todos vocês. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE
(Renan Calheiros. Bloco Maioria/PMDB – AL) – Eu queria dizer ao Senador Inácio que a nossa convivência na Casa sofrerá danos irreversíveis, especialmente com relação à participação do Senador Inácio, aqui, no Senado Federal.
A SRª ANA AMÉLIA (Bloco Maioria/PP – RS) – Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. Bloco Maioria/PMDB – AL) – Senadora Ana Amélia.
A SRª ANA AMÉLIA (Bloco Maioria/PP – RS) – Pela ordem, Presidente.
Eu queria dizer que o Senador Inácio Arruda marca na sua biografia a despedida do Senado no mesmo dia em que os Estados Unidos e Cuba reatam as relações. Então, ele terá motivos adicionais para essa despedida.
Mas eu estou preocupada, Senador Renan Calheiros, porque são 47 votos. Essa matéria é muito importante, unanimidade, e eu indago a V. Exª qual é o plano B para salvar esta PEC, porque temos 47 votos, serão necessários 49 votos favoráveis e mais um segundo turno. A Mesa tem um plano B para salvar esta emenda constitucional?