Governo russo acelera integração política e econômica da Crimeia


O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, ordenou nesta segunda-feira agilizar a integração política e econômica da Crimeia, onde hoje entrou em vigor o rublo como moeda de troca após o ingresso da república na Federação da Rússia.

“A concessão da cidadania russa aos habitantes da Crimeia tem uma grande importância. O Serviço Federal de Imigração (SFI) deve completar esse processo para o verão”, afirmou Medvedev, citado pelas agências locais.

Sobre o tema, o SFI adiantou que nos próximos três meses, os 2 milhões de crimeanos terão recebido o passaporte russo, trâmite que leva entre 3 e 5 dias.

Medvedev adiantou que o governo russo cogita conceder à Crimeia o status de Zona Econômica Especial a fim de acelerar seu crescimento e incentivar os investimentos.

“O primeiro é elevar as pensões que recebem os habitantes dos novos territórios aos níveis vigentes na Rússia. No orçamento há recursos para isso”, destacou.

Para conseguir isso, acrescentou, a Rússia poderia alocar este ano cerca de 36 bilhões de rublos, já que as pensões no país dão o dobro das ucranianas.

Segundo o primeiro-ministro, também é urgente conectar a Crimeia à rede elétrica russa, já que a península sempre foi muito dependente da Ucrânia do ponto de vista de geração de energia e de provisão de água.

Para isso, recomendou aumentar entre 50 e 100% a extração de gás na península, cujo potencial ainda não foi explorado.

Além disso, defendeu aumentar o número de turistas russos que viajam para a Crimeia, cujas autoridades temem que a temporada de verão seja um enorme fracasso devido ao conflito com a Ucrânia.

Por isso, Medvedev adiantou que o Ministério de Cultura e a companhia aérea Aeroflot elaborarão medidas para baratear o transporte de turistas à península, que recebeu quase 6 milhões de visitantes em 2013.

Quanto aos estudantes crimeanos que quiserem chegar às universidades russas, não precisarão que realizar, por enquanto, o tradicional Exame Estatal Unificado de ingresso.

 

Agência EFE

 

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