UNE e Ubes propõem campanha pelo voto jovem


A UNE (União Nacional dos Estudantes) e a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) propuseram nesta quinta-feira ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Carlos Ayres Britto, uma parceria entre as entidades estudantis e o tribunal para ampliar a campanha pelo voto jovem.

Presidentes da entidade com Ayres Britto A campanha foi deflagrada pelo TSE em outubro de 2007. Quem apresentou formalmente a proposta de ampliação a Ayres Britto foram os presidentes das duas entidades estudantis – Lúcia Stumpf (UNE) e Ismael Cardoso (Ubes) -, que estiveram na sede do TSE.

Ismael disse esperar o apoio do tribunal na promoção de debates e campanhas esclarecedoras sobre a importância da participação dos votantes facultativos – na faixa dos 16 e 17 anos. De acordo com o dirigente estudantil, o comparecimento às urnas de eleitores nessa faixa etária nas primeiras eleições livres de 1989, após décadas de ditadura, foi muito maior que o verificado nas eleições gerais de 2006.

Para as eleições de outubro deste ano, o TSE registra 25.850.277 eleitores entre 16 e 24 anos aptos a votarem. Segundo Lúcia Stumpf, a UNE já vem promovendo debates nas universidades sobre a importância da participação da juventude, na faixa dos 18 aos 29 anos, nas eleições, seja como eleitores ou candidatos.

 "Se liga 16!"

 Em março, a Ubes lançou a campanha "Se liga 16!", incentivando jovens a exercer o direito ao voto. A entidade está passando por escolas de todo o país para debater a importância da participação política da juventude

 A campanha já é uma tradição no movimento estudantil secundarista e acontece em todo ano eleitoral. De acordo com o diretor da entidade, Thiago Mayworm, o objetivo é incentivar jovens com idade entre 16 e 17 anos a tirarem seu título de eleitor. "Assim poderão influenciar diretamente, através de seu voto, a vida política de seu município e futuramente de seu estado e do Brasil."

Segundo Ismael Cardoso, a possibilidade de votar a partir dos 16 anos foi uma grande conquista da juventude brasileira – que já influenciava nos rumos do Brasil através de mobilizações e agora pode também escolher seus governantes na urna.