Os chanceleres dos países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) reafirmaram neste domingo, em sua 3ª Reunião Extraordinária em Quito, no Equador, que não reconhecerão "nenhuma convocação de eleições por parte do governo interino Honduras" –um discurso de apoio ao presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya, que pediu mais cedo ao órgão regional que incluísse o golpe de Estado na cúpula.
A Unasul é integrada por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
O não reconhecimento das eleições –previstas antes mesmo do golpe para 29 de novembro– indica um obstáculo ao governo interino, que tem adotado uma medida de prorrogar a situação de crise no país a espera do pleito e da escolha de um "líder legítimo", o que, espera, reduza a pressão pela restituição de Zelaya.
Os ministros das Relações Exteriores da Unasul convocaram a comunidade internacional para "extremar os recursos necessários e adotar novas medidas a fim de assegurar o restabelecimento do presidente deposto Manuel Zelaya no exercício pleno de suas funções", informou a Chancelaria do Equador em comunicado.
Adicionalmente, os ministros pediram "a restauração pacífica da democracia" no país centro-americano, "no âmbito da reconciliação nacional e da paz, com irrestrita solidariedade com o povo hondurenho".
Os chanceleres anunciaram também que respaldarão a missão do secretário-geral José Miguel Insulza, e dos chanceleres da OEA (Organização dos Estados Americanos).
Desse modo, os chanceleres ratificam "seu compromisso com a democracia como único sistema para resolver os desafios e trazer mais esperança e oportunidades".
O presidente interino hondurenho, Roberto Micheletti, afirmou neste domingo que não irá permitir a visita da missão diplomática da OEA, que tenta negociar um fim para a crise política que o país enfrenta, por que líder da instituição carece de "imparcialidade e profissionalismo".
Micheletti afirmou neste domingo () que está disposto a remarcar a visita da delegação formada por seis chanceleres, previamente marcada para terça-feira (), desde que o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, não participe do encontro.