Os senadores receberam a visita nesta terça-feira do secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista do Vietnã, Nong Duc Manh, que veio ao Brasil com o propósito de intensificar os contatos entre os dois países. Ele se encontrou também com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com os presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia, e do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie. O Senador Inácio Arruda participou da recepção no Senado ao Secretário Nong Duc Mahn e também de almoço oferecido pelo Itamaraty à comitiva vietnamita.
O Secretário afirmou estar comovido com a hospitalidade brasileira, e falou do interesse do Vietnã em reforçar os laços de amizade e os vínculos econômicos e culturais com o Brasil. Reconheceu que o comércio entre as duas nações, ainda incipiente, tem enorme potencial para crescer. Reconheceu ainda o apoio do Brasil no processo de ingresso do Vietnã na Organização Mundial do Comércio (OMC), avaliando também como positivas as manifestações brasileiras favoráveis ao crescimento econômico do seu país. “Precisamos da ajuda dos países amigos. O Vietnã quer ser amigo e parceiro de todos os países do mundo”, disse.
Na expectativa do governo brasileiro, a visita de Nong Duc Manh deverá servir para as autoridades dos dois países refletirem sobre a necessidade de se intensificar o comércio bilateral, ainda incipiente, mas com potencial para crescer rapidamente. Em 2006, o Brasil exportou US$ 128 milhões para o Vietnã, importando daquele país US$ 75 milhões.
Nong Duc Manh também participou da inauguração, na segunda-feira (), da Câmara de Comércio Brasil-Vietnã, que funcionará junto ao Conselho de Comércio Exterior da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e será presidida pelo empresário Ruy Barreto Filho, executivo do Café Solúvel Brasília e vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics). A idéia é que essa nova entidade contribua para aproximar os dois países, superando as distâncias geográficas e culturais, e incrementando o comércio bilateral.
O Vietnã é o segundo maior produtor de café em grão do mundo, atrás apenas do Brasil. Por isso, essa Câmara de Comércio poderá ter importância estratégica no futuro do mercado mundial dessa commodity. Brasil e Vietnã costumam agir em conjunto na defesa dos preços internacionais do café