O senador Inácio Arruda afirmou, durante sessão solene no Senado que homenageou o marechal Candido Mariano Rondon, que Rondon e a Coluna Prestes, que se enfrentaram, tinham pelo menos um grande objetivo comum: queriam integrar ao país a região Centro-Oeste e a Amazônia e suas populações.
Inácio lembrou que Rondon foi chamado a liderar cerca de 14 mil soldados para tentar colocar um fim à Coluna Prestes, que comandava cerca de 3 mil seguidores. “Cândido, talvez o militar que mais conhecesse a região Centro-Oeste do Brasil, cercou a Coluna, que, àquela época, não era conhecida como Coluna Prestes. Era conduzida por três militares e conhecida como Coluna Invicta. Miguel Costa, Carlos Prestes e Siqueira Campos eram os comandantes. Mas a coluna conseguiu sair invicta”, relembrou.
O Senador lembrou que o Deputado Aldo Rebelo, durante o período em que ocupou a pasta de Ministro da Articulação Política, sugeriu ao Presidente Lula que resgatasse o projeto Rondon, fazendo com que a juventude universitária conhecesse os rincões do Brasil. “Um dos objetivos que surgiu com a Coluna Prestes era também um dos grandes objetivos de Rondon: o da integridade do território, da nacionalidade, de pensar o Brasil, de pensar seu País, de reconhecer que o Brasil tinha potencial, que o Brasil não era apenas uma localidade, que o Brasil era a sua continentalidade, que o Brasil não terminava em um Estado. Era um continente, e seu projeto deveria ser integrado”, afirmou. Inácio destacou também a faceta humanista do Marechal: “O humanismo se manifestava nas formas de melhorar a qualidade de vida do povo e que as etnias existentes no País fossem respeitadas. Não queriam apenas catequizar os nativos, mas integrá-los à vida do novo País”, lembrou.
O Senador mencionou que a integração do País não era um desejo apenas de Rondon, mas de Darcy Ribeiro e de tantos outros que lutavam pela mesma causa. “É um nacionalismo avançado, para o povo brasileiro se integrar ao mundo de forma próspera. Esse é o sentimento que buscamos em comum com o Marechal Rondon. Por isso, essas personalidades não desaparecem da mente do povo, elas não saem da história, permanecem na história, permanecem no meio do povo brasileiro, elas vão se eternizando, porque estão ligadas a esse sentimento de integração, a esse sentimento nacional”, disse.