Renovado acordo automotivo por seis anos


O governo brasileiro renovou nesta quinta-feira(), o acordo automotivo com o Uruguai que vai permitir o comércio de carros e autopeças entre os dois países, por mais seis anos, sem o pagamento de imposto.

Por meio do acordo, o governo prevê que sejam vendidos para o Brasil, ainda neste ano, 1.500 veículos Tiggo – um utilitário produzido pela Chery-Socma, com chassi chinês. O preço do carro será de cerca de US$ 15 mil, pouco mais de R$ 24 mil, considerando a cotação de hoje da moeda americana (R$ R$ 1,602). As vendas do Tiggo para o Brasil representarão aproximadamente US$ 22 milhões em exportações.

O acordo é o mais longo fechado entre os dois países e começa a vigorar no próximo mês. De acordo com o o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho, Brasil e Uruguai só fechavam acordos automotivos anuais. "O acordo de seis anos vai proporcionar maior segurança para empresários investirem no Uruguai", disse Ramalho.

Pelas regras do acordo, o Uruguai poderá exportar carros ao Brasil, sem tributos, desde que pelo menos 60% dos componentes do veículo sejam fabricados dentro do Mercosul.

Para carros que não cumprem essa regra, como é caso do utilitário com chassi chinês, o governo manteve a cota de exportação de 20 mil carros por ano do Uruguai para o Brasil – regra prevista no acordo anterior. Trata-se exatamente da expectativa de produção uruguaia do Tigga, que deve chegar a 20 mil veículos daqui a três anos.

Já o Brasil, pelas regras do acordo, poderá exportar para o Uruguai, sem imposto, 6,5 mil veículos por ano do Brasil para o país vizinho. Também prevaleceu uma cota de venda do Brasil para o Uruguai livre de impostos de 1,2 mil veículos blindados por ano.

O acordo prevê ainda que o Uruguai poderá exportar autopeças para o Brasil sem o pagamento de impostos.

As regras não valem para ônibus, caminhões e máquinas agrícola. O comércio desses veículos entre os dois países obedecem as regras do Mercosul. É livre de impostos entre os países.

O vice-ministro da Indústria do Uruguai, Gerardo Gader, disse que o objetivo do acordo é a redução das diferenças comerciais entre os dois países. Ele destacou que o acordo prevê “ajustes trimestrais” depois dos três anos iniciais.