O presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo, mostrou-se na terça-feira () partidário de uma anistia para os que participaram de um golpe de Estado contra o presidente Manuel Zelaya em junho.
O presidente eleito, do oposicionista Partido Nacional, disse que conversou com o presidente da Costa Rica, Oscar Arias, sobre a possibilidade do presidente de fato, Roberto Micheletti, renuncie antes da posse de Lobo, prevista para 27 de janeiro, para dar legitimidade ao novo governo.
O presidente eleito em Honduras, Porfírio Lobo, durante campanha, em novembro, em Tegucigalpa. (Foto: AFP)
Lobo acrescentou que essa posição também foi discutida com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.
"Politicamente, não haverá nenhum delito que possa ser imputado. Tem de haver uma anistia para todos os setores", disse Lobo em entrevista coletiva conjunta com os demais presidentes após reunião na casa de Arias.
Muitos países disseram que as eleições de 29 de novembro foram limpas e que não há razão para não reconhecer Lobo, mas querem que a ordem constitucional seja estabelecida antes de 27 de janeiro e que assim seja cumprido um acordo fechado entre Zelaya e o governo de facto no final de outubro.
Em Montevidéu, também na terça, os presidentes do Mercosul afirmaram que desconhecem plenamente o novo governo de Honduras e pediram que o presidente deposto Manuel Zelaya seja restituído.
O documento, um comunicado especial, foi assinado pelos presidentes Cristina Kirchner (Argentina), Lula (Brasil), Fernando Lugo (Paraguai), Tabaré Vázquez (Uruguai) e Hugo Chávez (Venezuela, como país associado).