Um grupo de médicos mineiros está se preparando para embarcar para o Haiti e ajudar as vítimas do terremoto que atingiu o país da América Central, em 12 de janeiro. Eles são especializados em atendimento de emergência.
Os médicos estão acostumados com a sala cheia de pacientes. São, em média, 15 mil atendimentos por mês, incluindo fraturas, cortes, traumatismos na cabeça e no abdômen.
“O médico tem a capacidade de lidar com doentes muito graves e, muitas vezes, em situações em que chegam dez, 12, 15 pacientes de uma vez e você tem que organizar o atendimento”, diz o cirurgião Bruno de Lima Rodrigues.
Ele e outros dois profissionais acreditam que a experiência no hospital de pronto-socorro de Belo Horizonte pode ajudar muito no Haiti e se inscreveram como voluntários.
O Ministério da Saúde pretende formar equipes que tenham entre 50 e cem profissionais. De início, eles devem ficar cerca de 15 dias no Haiti, até serem substituídos. Os voluntários devem ser levados em etapas e de acordo com a especialização de cada um.
Além de médicos, serão necessários profissionais de enfermagem e de diversas especialidades técnicas de saúde.
A falta de estrutura do país é um dos maiores obstáculos, segundo o médico César Vieira, que trabalhou 26 anos nas Nações Unidas. “[Os médicos voluntários] vão ter que fazer o atendimento ao ar livre, em situações muito precárias porque o Haiti neste momento já perdeu pelo menos oito hospitais”, comenta Vieira.