Israel aprova a construção de 1.300 casas em Jerusalém Oriental


O governo de Israel anunciou nesta segunda-feira () que aprovou a construção de mais de 1.300 novas casas na parte oriental de Jerusalém, de predominância árabe, em conformidade com a política dos projetos de colonias ilegais patrocinado por Telavive.

"Há três novos planos que foram divulgados e agora são de conhecimento público", afirmou a porta-voz do Observatório Peace Now da Colonização, Hagit Ofran, à agência Ocidental AFP.

Ela agregou que os planos incluem a construção de mais 983 casas em uma área de Har Homa, com outras 42 que serão erguidas nas vizinhanças.

Os planos também detalham o projeto de construção de outras 320 unidades, que serão erguidas no bairro de Ramot, no norte de Jerusalém Oriental, segundo a Peace Now.

"Esse é um novo estágio de colonização de Har Homa, que de fato aumenta ainda mais o bairro. É uma grande provocação", afirmou Hagit.

Ao mesmo tempo, o premiê israelense Benjamin Netanyahu se encontra nos Estados Unidos, onde conversará com autoridades americanas sobre o diálogo direto entre Telavive e os representantes da Autoridade Nacional Palestina.

As negociações efetuadas em setembro foram paralisadas depois que Israel se recusou a prorrogar a moratória parcial de 10 meses de suas atividades de colonização, que se encerraram no fim de setembro.

O presidente da ANP, Mahmud Abbas, anunciou que não retornará mais ao diálogo, a menos que Telavive prorrogue a moratória das atividades de colonização nos territórios ocupados da Palestina.

Os palestinos afirmam que a construção de colônias se destina a evitar o estabelecimento de um estado palestino independente.

Israel ocupou Jerusalém na guerra de 1967, uma ação não reconhecida pela comunidade internacional e pelas Nações Unidas.