O governo deverá anunciar em novembro quais das cidades da Copa do Mundo de 2014 serão atendidas com parte dos R$ 5 bilhões disponibilizados para projetos de mobilidade urbana.
O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., explicou nesta quarta-feira que o governo federal vai priorizar alguns investimentos, pois uma quantidade grande de projetos foi apresentada e existe a possibilidade de que nem todos sejam atendidos.
O ministro afirmou ainda que serão analisados o prazo para a conclusão da obra, o preço e a eficiência de cada uma das propostas apresentadas.
De acordo com ele, projetos para a execução de corredores de ônibus podem ter impacto maior do que para implementação de veículo leve sobre trilho, em determinados casos.
Silva Jr. adiantou, durante a audiência na Câmara dos Deputados, que o governo deverá enviar em novembro dois projetos relativos à Copa-2014.
O primeiro será a Lei Geral da Copa do Mundo, que irá tratar de diversos assuntos, desde a entrada facilitada de turistas até segurança. A primeira versão do texto passou pela Fifa e, depois de algumas adequações, será enviada à Câmara.
O segundo projeto é mais polêmico e tratará sobre isenção de impostos para a Fifa.
De acordo com Silva Jr., a isenção será semelhante à aplicada por outros países que sediaram Copas do Mundo.
Financiamento de R$ 4,8 bi
Questionado pelos parlamentares sobre o ritmo das obras para o Mundial de 2014, Silva Jr. afirmou que a responsabilidade pela construção e reforma de estádios é das cidades.
"O governo está cumprindo o seu papel. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estruturou linha de financiamento justamente para atender as cidades", argumentou o ministro.
Segundo ele, o governo aguarda apenas uma resolução do CMN (Conselho Monetário Nacional) para liberar cerca de R$ 4,8 bilhões da linha de financiamento do BNDES para estádios da Copa de 2014.
O BNDES também deverá abrir em novembro uma linha de financiamento específica para a construção e reforma de hotéis. A medida foi anunciada nesta quarta-feira pelo ministro do Turismo, Luiz Barreto, que também participou de audiência pública na Câmara sobre a Copa-2014.