Inácio pede manifestação do Mercosul contra golpe em Honduras


O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) levará para a próxima reunião do Parlamento do Mercosul – agendada para o dia 17 de agosto – uma proposta de declaração para que o Parlamento manifeste repúdio ao golpe de Estado ocorrido em Honduras no dia 28 de junho.

Esta é a primeira vez que os parlamentares do Mercosul se reúnem após o episódio do golpe. O Exército, sob ordens dos Poderes Judiciário e Legislativo, depôs o presidente Manuel Zelaya, que foi expulso do país e enviado à Costa Rica.

O Exército, sob ordens dos Poderes Judiciário e Legislativo, depôs o presidente Manuel Zelaya, que foi expulso do país e enviado à Costa Rica. A Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, por aclamação, uma resolução que condena o golpe por promover a quebra da legalidade.

Inácio também vai propôr ao Parlamento do Mercosul que delibere sobre moção de protesto em relação ao aumento da presença militar dos Estados Unidos na Colômbia. A utilização, por parte dos EUA, das bases de Palanquero, Apiay, Malambo, Cartagena e Málaga, localizadas em território colombiano, é considerada uma grave ameaça à segurança e à paz na América do Sul, podendo transformar a Colômbia em um verdadeiro centro de operações táticas norte-americano na região.

O acordo, que terá duração de 10 anos, permitirá aos Estados Unidos a manutenção de 1.400 homens, entre civis e militares na Colômbia e contará com investimentos na casa dos 5 bilhões de dólares. A Colômbia é hoje o quinto país em ordem de grandeza com o qual os EUA têm cooperação militar, ficando atrás somente de Israel, Iraque, Egito e Afeganistão.

O Governo brasileiro já manifestou que a presença militar estrangeira na América do Sul é condenável, relacionando o ato à criação da Quarta Frota e considerando as bases americanas uma ameaça direta à soberania brasileira, pela proximidade delas com a Amazônia: “Nesse momento as nações que compõem a América do Sul devem se unir e defender o posicionamento de que a região continue sendo uma zona de paz no mundo”, alertou Inácio.