No último dia 26, o deputado federal Inácio Arruda levou à ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, as reivindicações da indústria cearense de caju. O setor pede que a Câmara de Comércio Exterior, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, prorrogue a Resolução nº31 , de 20/10/2003, por mais dois anos. Segundo a resolução emitida pela Câmara, estão livres de tributação para exportação as vendas de até 10.000 toneladas de castanha com casca.

O benefício, associado a outros programas de incentivo à produção, representou um grande crescimento para a indústria do caju. Segundo Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Beneficiamento de Castanha do Caju (Sindicaju), a produção acumulada no estado deverá bater recorde na safra 2005/2006, alcançando 140 mil toneladas de castanha in natura e superando em cerca de 10% o período anterior. No que se refere à exportação, em 2003, o setor de beneficiamento da castanha de caju do Ceará exportou cerca de  US$ 112 milhões, superando em 36,7% as exportações em 2002, e em 2004, as vendas ao mercado exterior alcançaram a cifra de mais de US$ 145 milhões, com incremento de 29,8% em relação ao ano anterior, sendo o Ceará responsável , por 71,9%  da exportações de castanha no Brasil. A participação do setor nas exportações do estado, em 2004, foi de 16,9%. De acordo com o Sindicaju, a indústria da castanha é responsável pela geração de 20 mil empregos, sendo 14 mil diretos.

Durante o encontro com o deputado federal Inácio Arruda, a ministra Dilma Roussef assegurou que como conselheira da Camex colocará a reivindicação do setor de caju em pauta na próxima reunião da Câmara.