Governo dos EUA enfrentará mais uma semana difícil


O governo dos Estados Unidos enfrenta, a partir desta segunda (08), uma semana de agitação política e econômica depois de recentes notícias sobre sua desqualificação de crédito, o estancamento do mercado de trabalho e as insistentes críticas republicanas.
 
 
No âmbito internacional, sobretudo na comunidade de aliados de Washington, também se percebe preocupação. O Banco Central Europeu reuniu-se em caráter extraordinário no domingo para avaliar as potenciais repercussões da situação financeira estadunidense.
 
 
Operadores de bolsa mais importantes no mundo mantêm os dedos cruzados à espera da reação, nesta segunda-feira, dos índices em Wall Street, que se prevê que marquem o ritmo da volatibilidade nas restantes praças acionárias.
 
 
Foi divulgado também que o grupo de países do G-20 organizou uma conferência telefônica para abordar, entre outros assuntos, a degradação do título creditício dos Estados Unidos por parte da influente agência consultora Standard & Poor’s (S&P).
 
 
Assim, os investidores estadunidenses esperam sinais do Comitê de Política Monetária da Reserva Federal, que se reunirá amanhã (09) para decidir se mantém (ou não) as diretrizes atuais sobre taxas de interesse e o inventário de liquidez na economia.
 
 
No fim de semana, o presidente Barack Obama qualificou como uma "urgente missão" a necessidade que têm os Estados Unidos de criar empregos e acelerar o crescimento econômico.
 
 
No tradicional discurso da Casa Branca, o mandatário felicitou o Congresso por aprovar a legislação para controlar a dívida, mas afirmou que agora o plano prioritario é ordenar a estrutura financeira.
 
 
Republicanos e democratas devem coordenar esforços com urgência no Capitólio para ajudar famílias estadunidenses a encontrar trabalhos, destacou o governante, um dia depois que informes oficiais anunciavam um alto nível de desemprego na nação.
 
 
Segundo indicou um boletim do Departamento do Trabalho, o número de pessoas atualmente desocupadas nos Estados Unidos (13,9 milhões) e a taxa total de desemprego (9,1%) mal registraram mudanças no mês de julho.
 
 
O representante republicano Michael Grimm criticou ao governo de Obama pelo que chamou de um sistema de excessivas despesas federais, regulações e impostos patrocinados desde a Casa Branca.
 
 
Grimm exortou o Executivo a respaldar uma emenda para balançar o orçamento governamental e restringir as políticas de estímulos econômicos, que falharam – disse ele – em seu objetivo primordial de criar empregos.
 
 

Na sexta-feira passada, e pela primeira vez desde 1941, a empresa S&P apagou os Estados Unidos da lista de estados sem nenhum risco creditício, uma queda no prestígio de Washington com ampla significação simbólica e prática.