Equador pede à Unasul investigação de tentativa de golpe


O governo do Equador oficializou seu pedido para que a União das Nações Sul-americanas (Unasul) realize uma investigação sobre o levante policial de 30 de setembro de 2010, que foi classificado pelo presidente Rafael Correa e por autoridades internacionais como uma tentativa de golpe de Estado.

 
 
A solicitação foi apresentada na tarde desta quinta (20) pelo mandatário equatoriano durante uma reunião com a secretária executiva do organismo, a colombiana María Emma Mejía. 
 
 
Segundo a diplomata, é provável que a próxima cúpula Ibero-americana em Assunção sirva para adiantar "critérios básicos" para formar a comissão que investigará o evento. 
 
 
Mejía garantiu que serão escolhidas "pessoas independentes, que tenham muito prestígio, como se fez no caso da Bolívia" em 2008. Correa já afirmou que gostaria que a Organização das Nações Unidas (ONU) enviasse uma delegação ao país para investigar o caso. 
 
 
Em 30 de setembro do ano passado, um grupo de policiais iniciou um protesto por reivindicações salariais que acabou em uma rebelião que reteve Correa em um hospital militar, de onde ele foi resgatado em meio a um tiroteio entre policiais e militares. 
 
 
Até o momento, seis policiais foram julgados pela justiça equatoriana a sentenças de 18 e 12 meses de prisão. Eles foram responsabilizados por impedirem a realização da sessão da Assembleia Nacional no dia, em apoio ao protesto.