A Coordenadoria de Pós-Graduação de Atenção à Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE) promove, a partir desta quarta-feira (), em parceria com o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), o Curso de Capacitação em Dermatoses Ocupacionais. A capacitação será voltada para profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) que atuam na Rede Sentinela de Atenção à Saúde do Trabalhador do Ceará.
A iniciativa, segundo José Soares Filho, coordenador do curso, tem como objetivo capacitar para atenção integral em Saúde do Trabalhador com dermatose ocupacional, por meio de práticas de diagnóstico, tratamento, reabilitação, prevenção e promoção da saúde, com foco na efetivação da Rede Sentinela em Saúde do Trabalhador.
A metodologia do curso articulará atividades presenciais que serão complementadas por trabalho de campo. Na sessão presencial, deverão ser utilizadas exposições dialogadas, vídeos e atividades grupais, no intuito de proporcionar oportunidades de aprendizagem experiencial das habilidades a serem desenvolvidas.
O curso contará com a presença de diversos profissionais do Ceará ligados ao tema e, terá como convidado Salim Amed Ali, médico da Fundacentro de São Paulo, que na primeira unidade repassará o protocolo em Dermatoses Ocupacionais.
Serão disponibilizadas 60 vagas para profissionais de saúde como médicos (dermatologista, clínico geral, médico do trabalho), enfermeiros, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais ligados ao Centro de Dermatologia Dona Libânia.
A primeira unidade do curso, cujo tema enfocará o Diagnóstico e Tratamento das Dermatoses Ocupacionais – está prevista para o período de 22 a 24 de setembro. A segunda unidade, que abordará o tema Estratégias de Implantação da Rede Sentinela em Dermatoses Ocupacionais, acontecerá de 06 a 08 de outubro. A carga horária total será de 40 horas.
Doenças
As dermatoses ocupacionais representam considerável parcela das doenças profissionais, contribuindo como causa de danos os mais variados à integridade física do trabalhador. Em alguns casos, podem ocasionar, inclusive, o afastamento e a incapacidade permanente para a profissão.
“É importante o reconhecimento desse agravo entre os profissionais de saúde, de forma a possibilitar conduta adequada frente aos problemas de pele mais frequentes entre os trabalhadores. Contudo, a pouca informação disponível torna difícil apreender dados precisos sobre o agravo, além do que, geralmente, o adoecimento não é diagnosticado como relacionada ao trabalho”, comenta José Soares Filho.