O Congresso peruano anulou ontem dois decretos sobre exploração de recursos naturais cuja aprovação, no ano passado, provocou uma onda de protestos indígenas que terminou com a morte de 24 policiais e pelo menos dez nativos na cidade de Bagua, na região da Amazônia. A revogação dos decretos foi considerada uma vitória política dos grupos indígenas organizados que se opõem à construção de hidrelétricas e à exploração de reservas de gás e petróleo em terras reivindicadas como suas “propriedades ancestrais”.
No último dia 5, policiais tentaram desbloquear uma rodovia tomada por 4 mil indígenas. A ação terminou em um confronto que deixou 24 policiais e nove civis mortos, cinco deles indígenas, segundo dados oficiais.
No sermão, transmitido ao vivo pela televisão iraniana, o líder supremo do Irã defendeu que qualquer dúvida quanto ao resultado da votação deve ser investigada, mas disse não acreditar que tenha havido irregularidades. Ainda assim, Khamenei, que tem a palavra final sobre todos os assuntos de Estado na república islâmica, se declarou pronto para avaliar um pedido de recontagem parcial das urnas depois de os três concorrentes derrotados por Ahmadinejad terem apresentado denúncias de compra de votos.
O aiatolá observou ainda que Ahmadinejad, reeleito para um novo mandato de quatro anos, tem opiniões mais próximas das dele do que os demais candidatos. O presidente reeleito assistiu ao discurso in loco. O pronunciamento de Khamenei ocorre depois de o principal líder de oposição, o moderado Mir Hossein Mousavi, ter esclarecido que as manifestações de ontem eram um protesto apenas contra o resultado eleitoral, e não contra o regime islâmico iraniano. As informações são da Dow Jones.