Cidade de Buenos Aires decreta emergência por casos de gripe A


O chefe de Governo da cidade de Buenos Aires, Mauricio Macri, decretou hoje o estado de emergência sanitária na capital argentina devido ao avanço da epidemia da gripe A (H1N1), doença que infectou 1.587 pessoas no país, com 26 mortes.

Em uma entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira, Macri confirmou também a suspensão das atividades escolares a partir da próxima segunda-feira. Ele descartou, porém, ordenar o fechamento de locais ou o cancelamento de eventos nos quais há grande concentração de pessoas, algo que foi feito pelo governo mexicano em abril, após a notificação da epidemia.

"Estamos preocupados e fazendo o necessário para controlar o vírus", afirmou o chefe de Governo. Segundo ele, a decisão permitirá "coordenar recursos" para combater a disseminação da enfermidade. O jornal Clarín informou que o secretário de Desenvolvimento Urbano de Macri, Daniel Chain, contraiu a gripe.

Com a interrupção das aulas, as férias de inverno foram antecipadas e irão até o dia 3 de agosto. Ainda assim, Macri solicitou aos alunos que fiquem em casa. "Isto não deve ser encarado como férias adicionais. Contamos com a responsabilidade das famílias para evitar novos contágios", ponderou.

O governante pediu calma e recomendou isolamento domiciliar a pessoas que apresentem os sintomas da doença: febre alta, tosse, coriza, dores musculares ou na cabeça, diarreia e vômito. "Os hospitais estão sobrecarregados, mas não saturados. A cidade está dando respostas e conta com meios para tratar todos os pacientes", ressaltou Macri.

O ministro da Educação, Juan Carlos Tedesco, disse que o país está diante de uma "situação excepcional". Ele explicou que a decisão de antecipar as férias escolares visa proteger as crianças, "grupo mais vulnerável" à doença.

As províncias de Buenos Aires, Chaco, Río Negro e Corrientes, que faz fronteira com o Rio Grande do Sul, também decretaram emergência nesta terça-feira.