Aprovado 176,6 milhões para metrôs de Fortaleza e do Rio


A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou dois financiamentos, no valor total de R$ 176,6 milhões, para obras de construção e modernização dos metrôs do Rio e de Fortaleza. Um deles, de R$ 34,3 milhões, para o Estado do Rio de Janeiro e outro, de R$ 142,3 milhões, para o Estado do Ceará.

O apoio para o metrô de Fortaleza (Metrofor), de R$ 142,3 milhões, será destinado à construção do primeiro estágio do Metrofor, o da linha Sul, trecho entre as estações de Vila das Flores e João Felipe. O projeto faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e está orçado em R$ 804,3 milhões, dos quais o BNDES participará com 17,7%.

A Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos – Metrofor – é uma sociedade de capital aberto e será a interveniente, executora do projeto, que vai gerar 700 empregos diretos na própria empresa, até 2011. Na fase de implantação, serão criados 2,5 mil empregos ligados à construção civil e à fabricação de material rodante, a partir das encomendas feitas aos setores envolvidos.

    

O Metrofor está dividido em três estágios e ligará a capital cearense às cidades de Maracanaú, Pacatuba, Caucaia e Maranguape, na região metropolitana de Fortaleza. Trata-se de operação de grande porte, com impactos urbanísticos, ambientais, sociais e econômicos sobre toda a região.

Para se ter uma idéia do impacto social da construção do metrô de Fortaleza, o número de passageiros transportados por dia passará dos atuais 10 mil para 158 mil em 2011, contando com 18 estações e 10 trens.

O empreendimento apoiado pelo BNDES contribuirá, dessa forma, para mitigar graves problemas de circulação urbana, reduzir custos operacionais de transportes, custos de manutenção das vias e do consumo de combustíveis. Também resultará em uma alternativa de transporte rápido para os trabalhadores a regiões de acesso problemático.

Do ponto de vista ambiental, resultará em um sistema de transporte com tração elétrica, não poluente, contribuindo para a redução da quantidade de ônibus e automóveis em circulação. Com isso, há possibilidade de geração de créditos de carbono em função da redução de emissões de CO2 e da melhoria da produtividade dos trabalhadores, tendo em vista a diminuição do tempo de viagem e do número de acidentes.

Além disso, a transferência das vias para o subsolo nos trechos subterrâneos implicará a renovação urbanística de áreas degradadas. Ou seja, permitirá que tenham novos usos, inclusive com faixas exclusivas de pedestres, elevando a qualidade de vida.