Acessibilidade: direito de todos


O dia 21 de setembro foi escolhido como Dia Nacional de Luta das pessoas com deficiência e em Fortaleza, durante toda a semana, atividades sobre o tema estão sendo realizadas. Esta data serve para reflexão e também como forma de divulgar a luta pela inclusão social. Neste dia, não podemos deixar de tratar da questão da acessibilidade, ou melhor, da falta dela.

A Acessibilidade significa não apenas permitir que pessoas com deficiência participem de algumas atividades, mas a inclusão de todos na vida social, sem nenhuma discriminação.

No Brasil, estima-se que aproximadamente 15% da população possua algum tipo de deficiência. Barreiras físicas e principalmente culturais fazem com que pessoas deficiência vivam à margem da sociedade. Por falta de acesso ou por falta de uma estrutura educacional adequada, que deveria ser oferecida pelo poder público, começam a reivindicar seus direitos por meio da Campanha Nacional de Acessibilidade. Ao contrário do que muitos pensam, acessibilidade não tem relação alguma com caridade, nada mais é do que a garantia do direito universal de ir e vir.

Na arquitetura e no urbanismo, a acessibilidade deve ser uma preocupação constante. O espaço urbano deve ser pensado levando em consideração às necessidades de inclusão de toda população.

Ainda falta muito para que as cidades brasileiras tornem-se cidades de todos. É comum presenciarmos pessoas com deficiência, tendo dificuldades de trafegar pelar ruas por falta de rampas, elevadores, sinais sonoros e outras estruturas que facilitam o dia-a dia dos deficientes. É comum também, encontrarmos excesso de obstáculos, causados pela construção desordenada e sem padrão de calçadas e degraus fazendo das ruas lugares inacessíveis.

As leis de acessibilidade já existem em todos os níveis de poder, devemos colocá-las em prática, superando as políticas de gestão em nome de políticas duradouras e democráticas.