De 2003 a 2007, os recursos do Governo Federal possibilitaram a construção de 192 mil cisternas na região do Semi-Árido brasileiro. O trabalho foi desenvolvimento em parceria com a Articulação do Semi-Árido (ASA), que recebeu verbas para 169 mil unidades, com os Estados ( mil unidades) e Municípios (mil unidades).
Somado aos investimentos próprios das entidades que integram ASA, o total de cisternas em funcionamento na região já chega a 242,2 mil unidades, atendendo quase um milhão de famílias. No Ceará, 30,4 mil cisternas foram construídas, beneficiando 131 mil pessoas.
Os recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) foram responsáveis pela construção de 79% das cisternas. O investimento total (MDS e ASA) chega a R$ 348,3 milhões, sendo R$ 44,7 milhões no Ceará.
As cisternas são tanques feitos de placas de cimento para a captação de água da chuva têm capacidade para armazenar até 16 mil litros e representam uma solução de acesso a recursos hídricos, provocando grandes impactos nas condições de vida da população. São destinados à população rural de baixa renda, priorizando os beneficiários do Bolsa Família, que sofre com os efeitos das secas prolongadas. Com as cisternas, os moradores podem armazenar a água do período das chuvas (que dura aproximadamente 4 meses), para o resto do ano. Cada cisterna custa R$ 1,6 mil e pode durar 50 anos.
Somente este ano, o MDS está repassando mais de R$ 38 milhões aos governos estaduais (Pernambuco, Bahia, Ceará e Sergipe), R$ 14,5 milhões a 45 prefeituras e R$ 6 milhões à ASA, totalizando R$ 58,5 milhões. O objetivo do Ministério é que esse tipo de parceria seja ampliada, buscando a união de forças com Estados, municípios e entidades em geral, para que o problema da seca e falta de água potável seja combatido de forma ainda mais abrangente.
Para o ministro Patrus Ananias, “com a construção das cisternas e todas as ações voltadas para a democratização do acesso à água, reconhecemos a água como alimento essencial e patrimônio público, um dos mais importantes princípios que devem nortear a implementação de programas de segurança alimentar e nutricional. Água de qualidade, em quantidade suficiente e com regularidade, acessível a todos os brasileiros. Esse é o nosso compromisso, porque é assim que vamos consolidar, na prática e efetivamente, o compromisso de combater a fome, a desnutrição e a miséria”.