(Foto: André Costa / Diário do Nordeste)
Além do sabor, a criação garante o reaproveitamento dos resíduos que seriam descartados
Presente em abundância na região do Cariri, durante o período de safra que vai de dezembro a abril, o pequi é um fruto tradicional do Cerrado e compõe diversos pratos como o arroz com pequi, galinhada e até o baião de dois com pequi.
Para um grupo de estudantes do curso técnico em alimentos da Faculdade de Tecnologia Centec – Cariri, o fruto do pequizeiro virou matéria-prima para novas empreitadas culinárias como o sequilho, tradicional biscoito de goma que ganhou o nome de “pequilho”.
A criação possibilita o reaproveitamento dos resíduos que seriam descartados, além de oferecer um produto com sabor diferenciado. Para isso, alunos e professores desenvolveram uma formulação com a amêndoa de algumas plantas nativas, como a macaúba, babaçu e buriti. O professor Erlânio Oliveira disse que o resultado do trabalho foi tão bem aceito que já estão pensando em patentear o produto para comercialização.
O projeto desenvolveu também, além do sequilho, outras criações como o licor de pequi. Tudo pensando no reaproveitamento. Os produtos são saudáveis e preservam o sabor forte e o perfume característico do fruto. Após a extração do óleo, fica o resíduo, que depois é reaproveitado e enriquecido.
O processo de fabricação é considerado simples e barato, mas as alunas reconhecem que chegar até a fórmula final foi desafiador, até porque o pequi é geralmente utilizado em comidas salgadas. “Encontrar o ponto certo para fazer o sequilho, um alimento doce, foi um desafio”, afirmaram.
Tanto o sequilho como o licor estão sendo comercializados no estande do Centec na 66ª Exposição Centro Nordestina de Animais e Produtos Derivados (ExpoCrato 2017), que segue até domingo (16.07), no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante. Além do pequilho e licor, outras guloseimas como doces e biscoitos, feitos de coco babaçu e buriti poderão ser encontrados.
Com informações do Centec