União Europeia convoca Snowden para prestar depoimento por videoconferência


Como parte da investigação sobre ciberespionagem, comissão do Parlamento Europeu vai enviar convite formal ao ex-analista da NSA asilado em Moscou

Edward Snowden diz que revelação de espionagem agora é "missão cumprida"; convite formal da UE foi enviado ao ex-analista-Agência Efe

A União Europeia deverá convocar o ex-analista da NSA (Agência de Segurança dos EUA) Edward Snowden para prestar depoimento por videoconferência ao Parlamento Europeu. Por ampla maioria, a Comissão de Liberdades Civis, Justiça e Assuntos Internos decidiu nesta quinta-feira (09/01) enviar um convite formal ao informante, que está asilado na Rússia, como parte da investigação sobre o sistema de ciberespionagem desenvolvido pelos Estados Unidos contra instituições e cidadãos europeus.

Ontem, essa mesma Comissão de Liberdades Civis do Parlamento Europeu — que conduz a investigação sobre a espionagem massiva denunciada por Snowden e pelo jornalista Glenn Greenwald há seis meses — já havia divulgado um relatório no qual criticava o Reino Unido pela prisão do brasileiro David Miranda e também pedia a suspensão do acordo antiterrorismo com os EUA.

 

Ainda não há uma data concreta para o testemunho de Snowden, que atualmente vive em Moscou e é perseguido pela Justiça norte-americana por conta de suas revelações. Existe a possibilidade de que Snowden rejeite o convite, temendo que autoridades possam rastrear sua localização exata por conta do sinal direto da videoconferência.

 

O convite poderia ter sido feito no final de dezembro, mas questionamentos à modalidade da videoconferência impediram a aprovação da medida na comissão.

 

No total, 36 dos 38 eurodeputados da comissão concordaram com a medida. Cada grupo político do Parlamento Europeu poderá fazer duas perguntas ao ex-analista da NSA — fator que foi essencial para a aprovação da medida.

 

Alguns representantes britânicos no Parlamento da UE criticaram o convite dizendo que Snowden colocou “várias vidas em perigo” e que “convidá-lo para uma videoconferência era uma atitude altamente irresponsável”.

 

Fonte: OperaMundi

 

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