Inácio destaca pressão da sociedade nas votações do Senado


Senadores Paulo Paim (PT-RS), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Inácio Arruda (PCdoB-CE) tentam dialogar com manifestantes, no Congresso Nacional, em junho deste ano.

O líder do PCdoB no Senado, Inácio Arruda (CE) avalia que o ano legislativo de 2013 foi impactado pela ampla mobilização da sociedade brasileira que tomou conta das ruas em junho. Ele destaca ainda a forte atuação da juventude organizada nas entidades como UNE e Ubes na conquistas de importantes vitórias para o setor de educação. 

“Até aquele momento, o Congresso Nacional se movimentava dentro da normalidade, votando medidas provisórias e ampla renuncia fiscal patrocinada pelo governo, que beneficiou o setor de transporte público e, contraditoriamente, depois o setor fez reajuste de tarifa que provocou as manifestações do Passe Livre, estudantes e jovens, que colocaram na rua reivindicações em torno da mobilidade urbana, educação, saúde e segurança pública”, avalia o senador.

Para Inácio Arruda, “o Brasil melhorou, mas tem muito a fazer. E o fato objetivo é que o Congresso Nacional passou a atuar com as manifestações da rua, com debate sobre passe livre, recomposição das tarifas públicas e legislação sobre transporte público”.

Inácio admite que “nós temos uma dívida grande na educação, que é a aprovação do PNE (Plano Nacional de Educação), que foi feito no último dia dos trabalhos legislativos e que tendo sido alterado voltou para nova apreciação na Câmara, mas prefiro falar sobre a conquista importante para o setor da educação que foi a emenda (apresentada por ele) que destina 50% do Fundo Social do Pré Sal para educação”, diz, destacando que” essa foi uma conquista que vem das mãos da juventude brasileira, através da Une e Ubes, que permitiu a virada do que o governo não queria e acabou sendo aplaudida pela Presidenta”.

Ele falou que no próximo ano, a luta será pelo em torno do debate e aprovação da destinação dos royalties dos demais minerais e o tributo das grandes fortunas para a educação.

Sobre a saúde, ele avalia que o país possui um atraso na formações de médicos, e que, junto com o Programa mais Médicos, que busca atender uma necessidade urgente e objetiva da população, o governo e o Congresso discutiram a abertura de novos cursos, ampliando vagas para a formação de novos profissionais médicos.

“Tínhamos uma questões para responder rapidamente, que foi atrair médicos de países que tenham superávit nessa área, que é o que acontece com Cuba. Protegemos os profissionais brasileiros, ampliamos a formações de médicos e aprovamos o Mais Médicos”, explica o senador.

Dívida com os trabalhadores

Ele fez também uma avaliação sobre a crise econômica, destacando que quando se busca conter avanços sociais no Brasil referindo-se a crise econômica na Europa e Estados Unidos “é um paralelo que não ajuda”, afirmando que no Brasil ainda se busca conquistas que são realidades nessas partes do mundo deste o século 19 e 20.

Ele disse que espera “uma quarta vitória do povo, com sentido de avançar mais, crescer nossa bancada, para que possamos influenciar ainda mais no debate sobre as conquistas e reformas estruturais que o povo brasileiro precisa. Europa e Estados Unidos elevaram a qualidade de vida no pós-guerra que ainda estamos longe de alcançar no Brasil e na América do Sul”, concluiu.

“Não podemos comparar algo tão distinto como a qualidade de vida dos trabalhadores europeus, americanos e os nossos. Há um fosso muito grande que precisamos superar e não tem como fazer isso se não ampliarmos as conquistas e as bases de apoio para um governo que seja renovado com a Presidenta Dilma”, diz Inácio, antecipando o discurso da campanha eleitoral de 2014.

Para o senador, autor da proposta de redução da jornada de trabalho, há dívida com relação à redução da jornada de trabalho, fator previdenciário e outros avanços para a classe trabalhadora.

Fonte: Portal Vermelho – Márcia Xavier

,