A Agência Nacional do Cinema (Ancine), vinculada ao Ministério da Cultura, divulgou na última terça-feira (17) as regras e valores das chamadas públicas 2013 do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Os editais somarão investimentos de R$ 400 milhões para a produção e distribuição de obras cinematográficas e televisivas.
Além das linhas já existentes no fundo (aporte à produção, distribuição e comercialização de obras), os editais trazem novas linhas de ação, como criação de núcleos criativos regionais, injeção automática de recursos de acordo com o resultado da empresa, produção de propostas de linguagem inovadora e relevância artística, comercialização de produções de baixo e médio orçamento e o aporte para programação seriada de televisão. Os editais serão publicados no dia 26 de dezembro e as inscrições ficarão abertas até fevereiro.
“Esse é um setor que tem uma importância econômica enorme, gera emprego, gera renda e, uma coisa que é fundamental, gera sonho para nós mesmos e para fora. Os Estados Unidos construíram essa imagem, a Itália, a França, e nós também construímos muito com o nosso cinema. Podemos fazer muito mais do que nós fizemos até hoje”, disse a ministra da Cultura, Marta Suplicy, acrescentando que o audiovisual ajuda na afirmação da identidade brasileira e a nova chamada pública foi debatida com o setor.
Para o presidente da Ancine, Manoel Rangel, o fundo é o principal mecanismo de apoio ao setor. “O Fundo Setorial do Audiovisual marca a retomada da capacidade de investimento do Estado no setor de audiovisual. Ao longo desses últimos anos, se tornou o principal instrumento de apoio ao setor e é parte fundamental do bom momento que vivemos na atividade audiovisual brasileira”.
O lançamento teve a presença de produtores, artistas e cineasta, como Domingos de Oliveira, Hugo Carvana e Antônio Carlos Fontoura. O produtor Ralf Tambke, da Plural Filmes, de Florianópolis, destaca que as novidades atendem à necessidade do mercado. “Ainda é cedo para dizer, mas, de qualquer forma, o que a gente percebe é que todas essas linhas que estão sendo anunciadas vêm atender a uma demanda do mercado mesmo. Porque a gente tem, por exemplo, uma ação que é muito mais fora do eixo Rio-São Paulo, como é o caso da Plural Filmes, regiões como a Sul tem muita dificuldade em ter acesso ao fomento à produção”.
A ministra Marta Suplicy também participou hoje do lançamento do livro Museu Casa de Rui Barbosa e da apresentação do projeto vencedor para a construção do edifício de guarda de acervos da Fundação Casa de Rui Barbosa, dos arquitetos Caio Calafate, Pedro Varella, Sergio Garcia e Fabiana Araújo.
Fonte: Agência Brasil