Por proposta do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), o Senado aprovou manifestação de pesar pela morte do economista e publicitário Carlos Olímpio Martins de Carvalho, o Calucho, ex-dirigente do PCdoB na Bahia e no Distrito Federal. Ele morreu na madrugada desta quarta-feira (30), vítima de câncer, em Salvador.
Calucho tinha 56 anos, deixa a esposa Jara, dois filhos, Bruno (com a senadora Lídice da Mata, sua primeira esposa) e Aline; três enteados (Naum, Tiago e Taís) e quatro netos – o quinto neto nascerá em dezembro. Deixa também os irmãos Margarida Marques, Diude Carvalho, Pereira Augusto Carvalho, Isa Maria Carvalho e José Reinaldo Carvalho, que é o secretário nacional de Comunicação do PCdoB.
“Calucho ingressou no PCdoB em 1974. Participou do movimento estudantil e da construção do Partido Comunista do Brasil, que ainda era clandestino e duramente perseguido pela ditadura que, dois anos depois, assassinou e prendeu alguns de seus principais dirigentes no episódio que ficou conhecido como Chacina da Lapa, em São Paulo”, lembrou Inácio.
O senador afirmou que, mesmo golpeado, “o Partido resistiu, graças a militantes como Calucho que, com destemor e confiança na luta popular, continuaram nas mais duras condições as atividades políticas. Assim que foi lançado o jornal Tribuna da Luta Operária, em 1979, integrou-se nas suas atividades, colaborando e vendendo a publicação do PCdoB nas portas de fábrica e construções, nos sindicatos e escolas, nas praças e ruas de Salvador”.
Reconquistada a legalidade partidária, os comunistas voltam a ocupar cadeiras na Câmara Federal, e Calucho vai trabalhar junto à bancada em Brasília, organiza debates, fortalece a atuação dos parlamentares. “Economista, Calucho depois passou a atuar profissionalmente como publicitário. Era sócio da empresa de publicidade Tempo Propaganda. Nessa condição, participou de diversas campanhas de candidatos progressistas, como as dos atuais governadores da Bahia, Jaques Wagner, e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Continuou contribuindo, também, com as campanhas dos candidatos do PCdoB de vários estados”, relatou o líder do PCdoB no Senado.
“Como afirmou a escritora portuguesa Lídia Jorge, ‘a morte não é morrer, a morte é sair da memória’. Calucho vive na memória dos milhares que se beneficiaram da convivência com sua alegria e camaradagem, com sua lucidez. O Brasil e o PCdoB perdem um combatente das grandes causas da Humanidade. Nossa solidariedade aos familiares, amigos e camaradas de Calucho”, terminou o senador.