Projeto Cinema e Revolução apresenta Salvador Allende nesta terça-feira (22)


Com o tema Revolução Chilena e o golpe militar de 1973, o projeto “Cinema e Revolução”, contemplado no Edital Cinema e Vídeo, da Secretaria da Cultura do Estado (Secult), apresenta nesta terça-feira (22), às 14 horas, no auditório da Pós-Graduação em Geografia da UECE, o filme de Patricio Guzmán, Salvador Allende (2004). A obra cinematográfica resgata a figura de Allende e a luta em torno de sua memória, no momento em que, passados 40 anos, os fantasmas ainda estão presentes na sociedade chilena. A via pacífica para o socialismo, a influência norte-americana no golpe e os dramas humanos estão condensados nesse documentário. Após a sessão será realizada uma conversa com Adalberto Alencar, um educador cearense cuja a vida está indelevelmente envolvida pelos acontecimentos no Chile. Faz parte de uma família de exilados brasileiros sobreviventes do golpe, projetando assim, uma perspectiva pessoal e singular aos eventos.
Sobre o Filme

Em 11 de setembro de 1973, um golpe militar de Estado abate a revolução do Chile eliminando o presidente eleito Salvador Allende. O diretor Patricio Guzmán ressuscita o presidente deposto, figura carismática levada ao suicídio e cuja ditadura tratou de apagar a memória. Como é recordado nos primeiros momentos do filme, já não ”resta nada, ou quase nada, de Salvador Allende”. Somente um pedaço de óculos quebrado e alguns papéis encontrados sobre seu corpo sem vida. Em uma homenagem emocionante, Guzmán rende a esta personalidade farol do século 20 uma homenagem ao mesmo tempo íntima e distante, propondo uma reflexão sincera sobre certo ideal político.
Sobre o Projeto

O Cinema e Revolução está fundamentado num duplo movimento. De um lado, revisitar momentos de revolução social sob a ótica do cinema, provocando a reflexão histórica do “passado pelo presente”. De outro, compreender o cinema como síntese do fluxo de rupturas estéticas cujas origens estão conectadas ao turbilhão de modernidade fugidia e exasperante que marca nossa condição.

O movimento de cerco representado por esse duplo esforço pretende impulsionar a imaginação e a teoria críticas na direção dos centros nervosos da vida social, dissolvendo concepções cristalizadas, fronteiras rígidas e clichês. É, portanto, a construção de uma perspectiva que se origina na experiência estética e se desdobra na mobilização de referências que levam para além do lugar comum estabelecido.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Secult

 

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