Movimento camponês denuncia política repressiva no México


Após o assassinato da líder da Organização Camponesa do Sul Serra (OCSS ), Rocío Mesino Mesino, a Frente Nacional de Luta pelo Socialismo (FNLS) do México denunciou que se implementou uma campanha de assassinatos extrajudiciais para “eliminar as vozes incômodas de protesto” ao governo no estado de Guerrero e em todo o México.

A FNLS responsabilizou o presidente Enrique Peña Nieto e o governador de Guerrero, Angel Aguirre Rivero, pelo assassinato de Mesino e exigiu o esclarecimento imediato dos fatos e que os autores materiais e intelectuais do crime sejam punidos.

“No Estado de Guerrero e no resto do país está se implementando a execução extrajudicial para eliminar as vozes incômodas de protesto contra o Estado, neste sentido, tem lugar uma política de perseguição, assédio e, em alguns casos, de assassinato – como o da companheira Rocio Mesino comprometida com as causas populares”, disse o grupo.

A Frente Nacional mexicana, que agrupa diversas resistências camponesas em todo o México, denunciou que desde a imposição oligárquica de Enrique Peña Nieto à presidência da República “se tem orquestrado uma política de repressão e criminalização contra o movimento popular, para impor de maneira violenta as reformas neoliberais que o país necessita”.

Segundo a organização, o México “também recorre à prática de desaparecimentos forçados, execuções extrajudiciais de ativistas sociais, ao uso de grupos paramilitares, guardas brancos e tropas de choque, como medidas fascistas e estratégias de terror contra o povo organizado e desorganizado”.

Eles ainda afirmam que esta política de Estado está em todo país e se aplica de maneira sistemática contra lutadores sociais, opositores ao regime, ativistas sociais e contra todo setor que se organiza.

Fonte: Oficio Rojo

 

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