O senador Inácio Arruda foi condecorado, nesta terça (29), com a medalha Ulysses Guimarães, em homenagem à sua participação na Assembleia Nacional Constituinte. Apesar de, na época, não ter cargo eletivo, Inácio representou entidades populares, defendendo duas emendas durante a Assembléia: a suspensão do pagamento da divida externa e a outra, que resultou no capítulo de política urbana da constituição. Também foram homenageados o relator-geral da Constituinte, o ex-senador Bernardo Cabral; a cantora Fafá de Belém, representando os artistas que mobilizaram o povo pela convocação da Constituinte; e o jornalista Rubem Azevedo Lima, representando a imprensa. Além dos ex-presidentes da República, senador José Sarney, e o constituinte, Luis Inácio Lula da Silva.
A criação da Medalha Ulysses Guimarães foi aprovada pelo Senado no último mês de agosto. A medalha leva o nome do presidente da Assembleia Nacional Constituinte e marca o transcurso dos 25 anos da promulgação da Constituição, sendo concedida a pessoas ou empresas que se destacarem na promoção da cidadania e do fortalecimento das instituições democráticas.
Inácio na Constituinte
Durante o processo de elaboração da Constituinte, Inácio Arruda, hoje senador, esteve no Congresso em várias oportunidades, não como parlamentar, mas como representante do movimento social, defendendo emendas populares para a nova Constituição.
Ele representou a Confederação Nacional de Associações de Moradores, que defendeu duas propostas de mobilização social, com mais de cem mil assinaturas cada uma. A primeira pedia a suspensão do pagamento da dívida externa e a auditoria nas contas externas brasileiras. A outra proposta resultou no capítulo de política urbana.
Arruda subiu à tribuna da Assembleia Constituinte para defender as emendas populares que vinham da articulação social, da pressão sindical, das associações comunitárias, dos diretórios e centros acadêmicos, da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
Após 25 anos, o parlamentar avalia que a Carta foi uma conquista histórica, de vida longa no Brasil. Para ele, isso significa mais consolidação democrática e mais consolidação das liberdades. “Estejamos vigilantes para não permitir que essas conquistas extraordinárias das liberdades, da organização política, dos partidos, se percam. Essa história de ser contra partido é história do retrocesso, é história da direita, é a história do nazismo, do fascismo, e isso nós não queremos nunca mais no nosso país”, conclamou.
Com informações do Portal Vermelho