Em uma concessão a Rússia, principal aliado do governo regime do presidente sírio Bashar al Assad, a resolução não inclui a ameaça de uso da força caso a Síria não permita a destruição de seu arsenal. Se o país não cumprir o acordo, o Conselho de Segurança se reunirá novamente para decidir o que fazer.
Há uma segunda concessão no texto, que não especifica quem foi o culpado pelo ataque com gás sarin na Síria em 21 de agosto que matou dezenas de civis – nem governo nem oposição são citados. A resolução será votada nos próximos dias.
Essas concessões foram previamente acertadas em negociações entre norte-americanos e russos antes de serem apresentadas aos outros três membros permanentes do Conselho.
Antes que o organismo decisório da ONU vote a resolução, a Organização para a Proibição das Armas Químicas, também ligada às Nações Unidas, deverá determinar de que maneira o arsenal proibido de Assad será retirado e, eventualmente, destruído.
O escritório da embaixadora americana na ONU, Samantha Power, anunciou o acordo. O embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, em mensagem enviada de sua conta no microblog Twitter, afirmou que seu país, França, EUA, Rússia e China concordaram em um “vinculante e aplicável” esboço de resolução e que será apresentado a todos os demais membros do Conselho.
EUA e Rússia definiram preliminarmente no início do mês que a Síria seria obrigada a se desfazer de todas as suas armas químicas, para evitar um ataque militar em retaliação, e, desde então, a negociação foi aberta aos cinco membros permanentes do CS.
Os russos, entretanto, haviam se mostrado resistentes até agora a qualquer resolução que evocasse o artigo 7º da Carta da ONU, que abriria espaço para sanções e ações militares contra o governo aliado de Bashar al Assad. Se o acordo for aprovado, será a primeira resolução legal sobre o conflito sírio.
Fonte: OperaMundi com agências de notícias internacionais