O presidente da Agência Nacional de Cinema – ANCINE, Manoel Rangel, esteve em Fortaleza nesta segunda-feira (9.9), para participar de diversas atividades relacionadas ao audiovisual. Acompanhado do Senador Inácio Arruda, Rangel visitou as instalações do Porto Iracema das Artes, escola de criação cultural do Centro Dragão do Mar, onde participou ainda de reunião com a diretora de planejamento e gestão do Centro, Maninha Morais e a diretora de Formação e Criação do IACC, Bete Jaguaribe, para tratar do fomento à produção audiovisual local e da escola recém-inaugurada.
Ainda pela manhã, Inácio e Manoel Rangel, estiveram em audiência com o presidente do Banco do Nordeste – BNB, Ary Joel Lanzarin. A reunião, articulada pelo senador Inácio, teve como objetivo viabilizar parceria entre o BNB e a ANCINE. De acordo com Inácio, o BNB é um banco de desenvolvimento capaz de atuar na formação cultural da região e operar o Fundo Setorial do Audiovisual. “Essa parceria contribuiria muito para a ampliação e o fortalecimento da produção audiovisual do nordeste”, afirmou o senador, informando ainda que o presidente Ary Joel, se mostrou muito receptivo a proposta.
Seminário na Unifor
Após a visita ao Porto Iracema das Arte e ao presidente do BNB, Inácio e Manoel Rangel participaram do Seminário “A Lei 12.485 e o mercado audiovisual brasileiro”, atividade que integra programação do 23º Cine Ceará. O evento aconteceu no teatro Celina Queiroz, na Universidade de Fortaleza – UNIFOR e teve como objetivo discutir os avanços e entraves da Lei 12.485 aprovada no Congresso Nacional em agosto de 2011, que destrava a concorrência no setor audiovisual, ao permitir que as concessionárias de telefonia utilizem suas redes para fornecer serviços de TV paga.
“Isso nos permite dizer que nós chegaremos a 2017 com aproximadamente 30 milhões de assinantes do serviço de televisão no Brasil, o que representará mais de 50% dos domicílios com TV do país tendo serviço de televisão por assinatura. A mudança que isso trará no cenário audiovisual brasileiro é profunda, porque entre outras coisas, a TV por assinatura terá relevância igual a TV aberta, teremos um cenário de maior pluralidade além do fortalecimento das programadoras brasileiras”, avalia Manoel Rangel.
Um dos principais objetivos da lei é aumentar a produção e a circulação de conteúdo audiovisual brasileiro, além de gerar emprego, renda, mais profissionalismo e o fortalecimento da cultura nacional. Durante sua fala no seminário o senador Inácio Arruda ressaltou que “pra gente conseguir incluir na Constituição um texto capaz de abrir espaço para democratizar a comunicação, criar condições melhores para a produção audiovisual e para o espaço da arte nacional, não foi fácil. Uma luta grande que envolve interesses gigantescos. O correto em uma nação continental como o Brasil, seria discutirmos cota para os estrangeiros, mas estamos aqui discutindo se há algum espaço para nós brasileiros”, concluiu.