A Coordenação do Curso de Magistério Indígena Tremembé Superior (MITS) da UFC realiza, nos próximos dias 29 e 30, encontro para debater a reformulação do projeto político-pedagógico do Curso. Nas reuniões, serão discutidos o reconhecimento pelo Ministério da Educação (MEC) e a criação do mestrado. O evento será realizado na comunidade do Mangue Alto, no município de Almofala (CE), e conta com a participação dos professores tremembés formados na primeira turma e os professores candidatos à segunda.
Na manhã do dia 29, haverá uma reunião com a equipe da Coordenadoria de Planejamento e Avaliação de Programas e Ações Acadêmicas (Copav), da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), em preparação para receber a comissão do MEC responsável pelo processo de avaliação e reconhecimento do Curso, previsto para acontecer em setembro deste ano. Esta será a primeira avaliação pelo MEC e ocorre após a conclusão da primeira turma de 36 índios da etnia tremembé, em março deste ano.
A proposta de criação de um mestrado vinculado ao Curso será discutida na reunião, na tarde do dia 29, com coordenadores e docentes dos programas de pós-graduação em Educação da UFC e UECE. De acordo com o coordenador do MITS, Prof. José Mendes Fonteles Filho (Babi), a ideia é criar um mestrado interinstitucional em educação escolar indígena e aberto para todas as etnias do País.
Em todas essas reuniões, haverá a participação dos alunos formados na primeira turma, além de professores colaboradores, lideranças da comunidade e a coordenação do Curso. Os alunos que devem entrar na segunda turma também participarão durante todo o dia 30. A previsão é que a próxima turma tenha início no segundo semestre de 2014 e seja formada por cerca de 50 professores escolhidos pela própria comunidade e que já atuam nas escolas indígenas.
Magistério Indígena Tremembé – Criado em 2006 pelo povo tremembé, em parceria com a UFC, o Curso foi aprovado pelo MEC em 2008. É o primeiro de licenciatura intercultural criado no Nordeste que possibilita a formação em nível superior de uma turma de indígenas em uma universidade pública. Os graduados ficam, assim, aptos para o exercício do magistério nas escolas diferenciadas de sua etnia.
Fonte: UFC