Os editais para a seleção de 80 projetos de ocupação de centros de Artes e Esportes Unificados (CEU), distribuídos em todas as regiões do país, foram lançados nesta quarta-feira (28) durante a cerimônia de posse de Guti Fraga, na presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte).
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, presente à cerimônia, disse que ainda este ano serão atendidos 27 projetos e o restante ficará para o ano que vem. O período de ocupação é de seis meses e cada projeto selecionado receberá R$ 100 mil. No total, o governo federal investirá R$ 3 milhões.
Ela explicou que os recursos do ministério serão usados na instalação dos projetos e a continuação vai depender de aplicações dos governos municipais. A ministra revelou que existe uma dificuldade porque alguns prefeitos não acham importante a instalação dos CEUs e alegam que são projetos de governos anteriores.
Marta Suplicy pretende garantir dinheiro para a manutenção dos projetos depois que eles estiverem funcionando, embora tenha destacado, que diante dos recursos que o ministério dispõe, no momento isso ainda não está previsto. “Tem que investir para que as pessoas se apropriem e briguem com os prefeitos para que continuem no mesmo nível”, disse. Na avaliação da ministra, o impacto dos CEUs será “gigantesco” porque os lugares onde serão instalados necessitam muito de investimento em cultura.
Durante a cerimônia, ela informou que apesar do contingenciamento de um terço do orçamento, pelo qual passa o ministério, anunciaria três boas notícias – as liberações de recursos para o edital do projeto Arte de Rua e para os editais dos prêmios de Dança Klauss Vianna, e Carequinha, de Estímulo ao Circo.
Guti Fraga informou que o Arte de Rua vai receber R$ 3 milhões e mais R$ 6 milhões cada um. “Fiquei muito feliz. Vou poder delirar e pensar com toda a dificuldade que há, por ser momento complicado de fim de ano. Mas pelo menos se consegue realizar possibilidades básicas que existiam na Funarte”, declarou o novo presidente da fundação.
Guti Fraga criou em 1986, no Vidigal, zona sul da cidade do Rio de Janeiro, o grupo Nós no Morro com jovens que moram na comunidade e áreas próximas. No período de atuação do grupo foram montados espetáculos, tanto de textos clássicos de teatro, como da dramaturgia nacional.
Fonte: Agência Brasil