Com aprovação do valor pelo BNDES parques entrarão em operação até o fim do ano
O município de Trairí, no Ceará, irá ganhar cinco parques eólicos, com potência instalada de 136,5 MW e sistema de transmissão integrado. Para a construção, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 92 milhões.
Os parques entrarão em operação no fim deste ano. Por se tratar de fonte de energia renovável, terão prioridade de despacho em relação às demais fontes, reduzindo o impacto ambiental e a utilização de gás natural e outros derivados de petróleo, diminuindo, assim, a dependência desses insumos e das emissões de CO2.
No ano passado, o BNDES financiou 63 usinas eólicas, com R$ 3,1 bilhões. Esse valor corresponde a um investimento total (consideradas a contrapartidas dos empreendedores), de R$ 5,9 bilhões.
Para 2013, o Banco estima um crescimento de 15% no número de operações aprovadas em relação ao ano anterior. A carteira atual do BNDES, incluindo projetos na fase de liberação de recursos e em análise, soma 94 parques eólicos, equivalentes a financiamentos de R$ 6,8 bilhões.
Os recursos serão destinados a cinco Sociedades de Propósito Específico controladas pela Enerplan Participações Societárias e FIP BB Votorantim Energia Sustentável I, II e III, responsáveis pelo projeto, denominado Complexo Faísa.
Energia eólica
A energia eólica vem aumentando sua participação no contexto energético brasileiro nos últimos anos. Desde a criação do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), e, posteriormente, os sucessivos leilões de compra e venda deste tipo de energia, a capacidade instalada de geração passou de um pouco mais de 25 MW em 2005, para 1.886 MW, ao final de 2012.
Em dezembro de 2012, o Brasil contava com 84 parques eólicos em operação, distribuídos principalmente pelas regiões nordeste (64% da capacidade instalada), e sul (35% da capacidade instalada). Em 2012, foram gerados 5.020 GWh de energia eólica – 86% acima da geração de 2011- e já respondendo por 1% da geração elétrica brasileira.
Fonte: Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social