Financiamento democrático de campanha e participação popular: armas de combate à corrupção
Diante de uma lista de problemas que mais os incomodam, 67% de jovens brasileiros de 15 a 29 anos responderam ser a corrupção (sendo citada em primeiro lugar por 36% deles). A pesquisa faz parte do estudo Agenda Juventude Brasil 2013. Outra pesquisa, realizada recentemente pelo IBOPE/OAB, aponta que 85% dos brasileiros são favoráveis à reforma política. A UNE acredita que não existe momento mais favorável do que este para aprovarmos uma mudança democrática, que se conecte com as reais necessidades e a vida cotidiana de nosso povo.
Entendendo essa preocupação não só dos jovens brasileiros, como de boa parte da população brasileira, a UNE está construindo junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a campanha “Eleições Limpas, por uma Reforma Política Democrática”.
Na próxima quinta-feira (29/08), a partir das 11h, na Faculdade Nacional de Direito (FND) da (UFRJ), no Rio de Janeiro, os estudantes vão apresentar para a sociedade as suas propostas com objetivo de mudar a política para mudar o Brasil. Abaixo saiba quais são os principais pontos defendidos pela UNE.
Financiamento democrático de campanha
A corrupção tem suas raízes nas relações poucos claras que são estabelecidas nas eleições. 98% do dinheiro das campanhas vem de empresas, sua maioria empreiteiras. Ao financiar os políticos as empresas impõe seus interesses privados, gerando poderosos lobbies e bancadas corporativistas nos parlamentos brasileiros. Além disso, embora todos sejam livres para ser candidatos, o peso do dinheiro nas campanhas faz com que muitos não possam se apresentar aos eleitores, enquanto outros se apoiam em robustas campanhas de marketing com pouco foco na discussões mais importantes do nosso País.
Participação Popular
A UNE defende uma reforma que amplie os espaços e canais de democracia direta e participativa, como conferências, conselhos consultivos e deliberativos, da sociedade civil, fóruns, seminários, plebiscitos, referendos, projetos de lei populares, mais mecanismos de transparência, e acompanhamento das atividades políticas do Brasil. É importante ainda garantir mais participação da mulher, maioria da sociedade, e minoria absoluta em prefeituras, governos estaduais e de Congresso Nacional.
Armas de combate à corrupção
Para enfrentar a corrupção projetos que privilegie projetos, ideias, e não interesses individuais. O projeto que a UNE defende limita o personalismo, levando as pessoas a escolherem programas e ideologias, ao invés de permitir que alguns poucos tenham poder e influência para tirar proveito próprio. É necessário um sistema que não apenas condene as práticas de corrupção, mas que previna e impeça que políticos corruptos cheguem ao poder.
Assine a ajude a divulgar o projeto de iniciativa popular
Para que a proposta seja oficialmente apresentada ao Congresso e comece a tramitar, é preciso o apoio de 1% do eleitorado do país (1,6 milhão de assinaturas). Para assinar o texto, é necessário acessar o site da campanha www.eleicoeslimpas.org.br
A UNE também quer que os estudantes opinem nas questões da reforma como a lista partidária, a participação das mulheres, coligações, entre outras. Organize um plebiscito na sua universidade e ajude a recolher assinaturas para o projeto.
Fonte: Portal da UNE