Delegação aprende as técnicas de construção e instalação do equipamento para atender cerca de 50 famílias daquele país
Nesta sexta-feira (5), os representantes paraguaios estiveram no MDS, em Brasília, para conhecer as formas de contratação, e as etapas de implementação e outros detalhes do programa brasileiro, que existe desde 2003. Eles aprenderam sobre a identificação e seleção das famílias, a mobilização e capacitação dos beneficiários e sobre as técnicas de construção dos equipamentos. O coordenador geral substituto do Programa Cisternas, Carlos Cleber Soares, destaca a importância da cooperação brasileira. “A ideia é que o Paraguai se aproprie da tecnologia social, implante nas comunidades e dê continuidade a este projeto por conta própria”. O coordenador ressalta que a troca de experiências sobre cisternas reforça a importância da estratégia de acesso à água do Plano Brasil Sem Miséria.
O chefe da comitiva e assessor do Serviço Nacional de Saneamento Ambiental do Paraguai, Roberto Acosta, aponta que o Chaco Paraguaio tem os mesmos problemas e características da estiagem que ocorre no semiárido brasileiro. Para ele, as cisternas vão garantir qualidade de vida e segurança alimentar para as comunidades. “Com essa modalidade de captação da água da chuva e com o sistema de armazenamento vamos dar um melhor nível de vida para melhorar a qualidade da saúde e conforto das pessoas que vão receber esta tecnologia”.
Na próxima semana, de segunda-feira (8) a sexta (12), será realizada uma capacitação em Pernambuco, com o apoio do Programa Estadual de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (Prorural). Técnicos do MDS acompanham a formação na capital e no interior do estado. Dois pedreiros paraguaios farão parte da comitiva e participarão da construção de uma cisterna de placa de 16 mil litros e de uma bomba d’água.
A previsão é de que as cisternas comecem a ser instaladas no Paraguai nas semanas seguintes à capacitação. As comunidades rurais beneficiadas estão nos municípios de Virgem del Rosario e Vista Alegre. O Brasil ainda tem projetos de cooperação na área de cisternas em andamento com a Bolívia e com o Haiti.
Esse projeto de cooperação entre Brasil e Paraguai é realizado por meio da Coordenação-Geral de Ações Internacionais de Combate à Fome (CGFOME), do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). O investimento brasileiro para ação é de US$ 114 mil – aproximadamente R$ 260 mil.