Mobilizações podem garantir novo rumo ao Brasil, diz Inácio



O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) defendeu a continuidade e ampliação das mobilizações populares que estão ocorrendo no Brasil, “e propor questões avançadas para o povo”. Em pronunciamento na Tribuna, na noite de 24 de junho, ele afirmou:

“Adoramos a mobilização popular, queremos incentivá-la, nesse sentido transformador do nosso País. Os que defendem o socialismo, que é muito mais avançado do que o sistema capitalista, devem levar o seu cartaz defendendo que o Brasil aprofunde o seu caminho para um sistema social mais avançado. E, agora, não é só a juventude. É uma mobilização de muitas faixas etárias, que se reúnem com um sentido – o Brasil pode ser muito melhor, tem como ser e tem que tirar as travas que os conservadores têm conseguido impor ao nosso País. Se nós rompermos essas travas, aí sim, nós vamos ter um país muitíssimas vezes melhor do que o que nós conquistamos. Os dez anos últimos, de Lula e Dilma, mostraram, ao tirar 30 milhões da miséria, que é isso é possível”.

Para o líder do PCdoB no Senado, “o Movimento dos Sem Terra e o dos trabalhadores rurais, por exemplo, através dos seus sindicatos, clamam por uma reforma agrária mais ampla, com recursos, com crédito, para permitir ao assentado condições de produzir. É necessário avançar mais no setor rural, produzindo no Brasil aquilo que vai sustentar a nossa agricultura, que são os fertilizantes. Essa é uma pauta avançada”.

Inácio também abordou a necessidade de garantir a mobilidade urbana no Brasil. “Ela é estratégica, porque temos 85% da população morando nas cidades. A tarifa não pode ficar subordinada à lógica de mercado. O metrô de Nova Iorque que vai completar, no ano que vem, 110 anos, passou quase 100 anos com a mesma tarifa. Por quê? Porque era social, era para transportar os trabalhadores naquela grande cidade americana. Esse é o caminho que temos de adotar”, considerou.

O senador cearense fez a proposta da destinação para a Educação dos royalties do Fundo Social do Pré-Sal. “Ela foi aprovada, quando fizemos o novo marco regulatório do petróleo. Infelizmente, a questão do Fundo Social, por incompreensão política, foi vetada na época. Agora voltou, com a proposta dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. Temos que dar velocidade à aprovação do Fundo Social do Pré-Sal, e, na Câmara, destinar os recursos dos royalties para a educação”, conclamou.

Ele ainda argumentou que “o problema dos serviços de saúde não é a contratação de médicos. São as unidades, muitas vezes inadequadas. Vamos dobrar as vagas do curso de Medicina no interior do País. Muitas regiões do Ceará estão ganhando médicos devido aos cursos de Medicina que foram para Barbalha, no Cariri, e para o Sobral. São seis anos convivendo ali, casa ali, estabelece família, e ali ele vai ficar. No setor de medicamentos também precisamos de mudanças. Para a maior parte da produção de medicamentos nós pagamos royalties, pagamos patentes, aos grandes laboratórios estrangeiros”.

Em defesa das mais amplas liberdades, alertou; “Não vamos deixar que as manifestações populares sejam abocanhadas pela direita, para fazer esse discurso fácil do fascismo, do nazismo, contra os partidos. O que é isso? Os partidos foram instrumentos para a conquista da democracia, da consolidação do processo democrático brasileiro”.

Segundo Inácio, o movimento popular precisa exigir a redução da jornada de trabalho; fim do fator previdenciário; financiamento da saúde pública, financiamento da educação – “e já proponho que os royalties da mineração também sejam destinados para a educação, para garantir os 10% do PIB”, destacou.

Terminando seu pronunciamento, enfatizou: “O povo não é bobo! O povo é sabido. A sabedoria popular pode conduzir essa ampla mobilização social brasileira no caminho dos avanços. Com a participação dos que atuam no Parlamento, no movimento sindical, no movimento social, na estrutura organizada, nas universidades, essa energia pode ser canalizada para transformações sociais mais profundas no Brasil, que é o que o povo almeja: qualidade de vida, melhorar a mobilidade, a educação, a saúde, a segurança. É esse o processo”.

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Uma resposta para “Mobilizações podem garantir novo rumo ao Brasil, diz Inácio”

  1. AS MOBILIZAÇÕES SÃO HIPER-IMPORTANTES PARA NAÇÃO BRASILEIRA, POIS O BRASIL ESTÁ PARADO DEVIDO AO CAPITALISMO QUE PREJUDICA O CRESCIMENTO NACIONAL.